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Mudanças Climáticas: Variação será de quase 4 graus, um impacto nunca visto antes

Mudanças Climáticas: Variação será de quase 4 graus, um impacto nunca visto antes
 
Em novembro, em uma tentativa de alertar mais uma vez as autoridades e a sociedade, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgará um relatório sobre o assunto.

As consequências da irresponsabilidade e da omissão podem levar o planeta ao limite e transformar a vida das pessoas radicalmente em bem pouco tempo, avalia Rafael Goelzer, diretor da maior fazenda rural e pedagógica do Brasil, a Quinta da Estância. Para ele, se medidas urgentes não forem tomadas, os ecossistemas e a população do planeta sofrerão consequências sérias e irreversíveis. “Antigamente quando falávamos sobre o aquecimento global pensávamos em exemplos distantes de nossa realidade como o derretimento das calotas polares e o aumento dos desertos. Hoje percebemos que as mudanças climáticas estão fazendo parte da nossa rotina, com invernos mais quentes, enchentes e secas cada vez mais frequentes”, revela. Além disso, ele ressalta para os outros fenômenos extremos que atingem muitos países como furacões, tornados e tsunamis, colocando em risco milhares de pessoas e o equilíbrio ambiental do planeta.
Em novembro, em uma tentativa de alertar mais uma vez as autoridades e a sociedade, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgará um relatório sobre o assunto. "Eles estiveram reunidos para discutir o tema e detectaram a probabilidade de um impacto nunca visto antes. Especialistas salientaram que as emissões de gases do efeito estufa afetam diretamente nas mudanças climáticas. Além disso, a previsão é de que as temperaturas subam mais de 2 graus Celsius comparado à média, podendo chegar a uma terrível variação de até quase 4 graus. Estudos brasileiros já comprovam uma ligação direta entre a falta de chuvas na região sudeste e o desmatamento da Amazônia, deixando São Paulo, uma das maiores cidades da América Latina, prestes a enfrentar um racionamento austero de água”, alerta Rafael.
Para o diretor, todos podem fazer a sua parte para diminuir esses riscos. “Nós precisamos de união e conscientização. Algumas atitudes simples já fazem diferença. Temos que acreditar que o pouco que fizermos é muito diante do perigo que o planeta está correndo. Aliás, faz tempo que ele nos trás alertas sobre esta situação”, contribui. Goelzer recomenda que as pessoas evitem o uso dos combustíveis fósseis, grandes poluentes do meio ambiente. “Não é preciso abandonar o automóvel, pois temos alternativas como o uso de biocombustíveis e o etanol”, acrescenta. Para os mais conscientes, substituir o automóvel pela bicicleta, além de fazer bem à saúde, é um grande favor ao planeta. Ainda sobre os carros, regular a combustão e respeitar o uso obrigatório de conversores catalíticos em tubos de escape também nas motos e caminhões são atitudes fundamentais.
Empresas e indústrias podem auxiliar ainda mais se conscientizarem seus colaboradores sobre a responsabilidade no processo de ajuda ao planeta. “Todos os níveis hierárquicos das empresas devem colaborar e promover os pequenos atos dentro das organizações. Uma análise sobre o clico de vida dos produtos e sua reinserção no processo produtivo como matéria-prima também é fundamental”, fala. Ações como controlar rigorosamente as emissões de gases do efeito estufa e outros poluentes, utilizar fontes limpas e renováveis como a energia hídrica, eólica, solar e evitar a utilização dos combustíveis fósseis lideram a lista da sustentabilidade. “Além disso, temos a rotina básica da reciclagem do lixo, a responsabilidade com os aterros sanitários, denunciar as queimadas, o controle da água utilizada, temos muitas possibilidades de atuação e o mais importante é começar”, diz.
O planeta nos dá as ferramentas para viver sem o consumo desnecessário. “É uma questão de respeito e de cuidado com o mundo, com as pessoas, com o ar que respiramos e a água que bebemos. Que futuro estamos deixando para nossos filhos e netos? O planeta jamais será como antes, mas podemos ajudar a preservar o que ainda resta e restaurar boa parte do que impactamos. É um compromisso que devemos assumir com urgência”, questiona Goelzer. A Quinta da Estância foi o 1º empreendimento de turismo do país aceito signatário do Pacto Global das Nações Unidas. Além disso, mantém a preservação das suas matas nativas e ciliares, pois sabe que toda esta vegetação é importantíssima na proteção dos córregos cristalinos, das bromélias e orquídeas, figueiras centenárias e de uma extensa fauna. “Vivem em nossa região mais de 160 espécies de pássaros e inúmeros outros animais silvestres, muitos em risco de extinção. Além disso, desenvolvemos um forte trabalho de recuperação de animais apreendidos do tráfico, onde mais de 6 mil animais já foram reabilitados.
Para auto-sustentar toda a fauna residente, são plantadas regularmente mudas de árvores e pequenas plantas, garantindo alimentação natural e farta para os animais. Ao todo, já foram plantadas mais de 60 mil novas árvores e a Fazenda ainda vai mais longe. “Nossas palestras sobre Gestão Sustentável são pagas através da doação de árvores nativas. É uma forma que encontramos de levar adiante essa ideia e disseminar práticas sustentáveis para mais empresas”, explica. Dentre outros tantos projetos, o de Neutralização de Carbono merece atenção especial, pois é totalmente inovador. É o primeiro local de turismo neutro de carbono no Brasil. Como a Fazenda não recebe nenhum tipo de incentivo governamental para realização das ações socioambientais, quem visita o local contribui diretamente para cada um dos projetos, pois sem eles nada disso seria possível. “A Quinta da Estância não são seus sócios e colaboradores, mas sim a união de milhares de pessoas que acreditam que podemos optar por um caminho mais alinhado com o planeta”, finaliza Rafael.

 

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