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Manifesto sobre as eleições de 2014 (da JS do PDT de Porto Alegre)

Manifesto sobre as eleições de 2014 (da Juventude Socialista do PDT de Porto Alegre)

 
 

Neste ano de 2014, lembramos os 10 anos da morte de nosso maior líder e inspirador: Leonel de Moura Brizola. Quantos políticos, militantes e dirigentes partidários proferiram o seu nome e se comprometeram em manter seu legado?

É com uma grande lástima que concluímos que setores do PDT estão se tornando cada vez mais conservadores. As alianças descomprometidas com as nossas bandeiras demonstram o nosso retrocesso ideológico.

Alguns candidatos falaram sobre incentivos fiscais a grandes empresas, em mais polícia nas ruas, em educação de tempo integral de forma genérica e pouco objetiva. Pouco, ou nada, foi falado em favor da reforma agrária e da reforma urbana. Pouco, ou nada, foi falado a favor das ocupações e contra a especulação imobiliária. Pouco, ou nada, foi falado sobre ampliar e reestruturar a UERGS. Sequer foi questionado o oligopólio midiático. O que há com nossos candidatos? Eles têm medo de defender o trabalhismo de esquerda?

Os partidos coligados com o PDT do Rio Grande do Sul tinham os seus candidatos a presidência, e nós nos mantivemos omissos. Ainda por cima, tivemos que engolir as manifestações do nosso candidato Vieira da Cunha apoiando a “nova direita” de Marina Silva. Para carregar o legado de Brizola é preciso ir além do pragmatismo eleitoreiro, sem submeter o nosso projeto trabalhista a uma coligação conservadora. Brizola nunca submeteu o primado do critério ideológico às conveniências pragmáticas e imediatistas.

O senador eleito no Rio Grande do Sul pelo PDT representa a elite conservadora e envergonha a nossa história. Lasier Martins passou mais de 30 anos desqualificando a construção política na televisão, e mesmo afirmando que não deve nada a RBS, o seu discurso mostrou o quanto é ideologicamente servil a famigerada empresa. O PDT pegou carona na sua visibilidade midiática, mas a sua candidatura não representou, nem de longe, o trabalhismo, e, ainda que vitoriosa, foi exclusivamente midiática e totalmente desvinculada da história do nosso partido. Nosso projeto está definido nas cartas de Lisboa, de Mendes e de São Paulo, está definido no manifesto e no programa do PDT – é a ele que devemos nos agarrar e por isso o Senador Lasier Martins não nos representa.

Sabemos muito bem que nosso partido foi pensado e estruturado por Brizola. Nosso líder, inclusive, chegou a agregar no PDT muitos políticos conservadores. Mas enquanto Brizola era vivo, eles se mantinham fiéis as orientações partidárias. Nos 10 anos da morte de Leonel Brizola é preciso tomar medidas radicais contra o pragmatismo e o conservadorismo de alguns quadros de nosso partido. Não se pode mais aceitar a alienação ideológica de alguns quadros pedetistas. A Juventude Socialista sofre neste processo, pois enquanto tentamos defender os princípios socialistas e trabalhistas, estes quadros surgem com discursos reacionários e conservadores. Precisamos retomar o nosso partido na base dos movimentos sociais e por isso iniciaremos um movimento de ESQUERDIZAÇÃO do PDT.

VIVA O TRABALHISMO DE ESQUERDA

 

sul/21