Apontado por delatores da Lava Jato como ‘operador’ do PMDB na Petrobras, lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, se entregou nesta tarde na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba; ele estava foragido desde sexta-feira, quando foi deflagrada a sétima etapa da operação; seu advogado havia dito que Fernando Baiano não se entregaria e definiu o mandado de prisão como "absolutamente ilegal"; lobista também fazia contatos no esquema para a construtora Andrade Gutierrez, que não foi alvo de prisões até agora
18 de Novembro de 2014 às 16:38
247 – O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, se entregou na tarde desta terça-feira 18 à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele é apontado por delatores da Operação Lava Jato como ‘operador’ do PMDB na Petrobras. Com sua entrega à PF, o pânico atinge a cúpula do partido, que pode ser prejudicado com o que ele contar do esquema de corrupção à polícia.
Fernando Baiano era procurado pela polícia desde sexta-feira 14, quando foi deflagrada a sétima etapa da Operação Lava Jato. Desde então, foram presas mais de 20 envolvidos no esquema de propina e corrupção em contratos da estatal. No domingo 16, o advogado do lobista, Mario de Oliveira Filho, havia dito que seu cliente não se entregaria à política e que o mandado de prisão contra ele era "absolutamente ilegal" (leia aqui).
O lobista também fazia contatos para a construtora Andrade Gutierrez (leia mais), uma das poucas construtoras que não foi alvo de prisões da Lava Jato. Segundo o doleiro Alberto Youssef, no entanto, principal operador do esquema, a companhia também fazia parte do esquema. Os acordos era costuradores entre Fernando Baiano e o presidente do conselho da empreiteira, Otávio Azevedo.