Presidente da Famurs diz que piso do magistério é "impraticável"
O reajuste de 13% no piso do magistério, determinado pela União, vai resultar em um impacto de R$ 200 milhões nas contas das prefeituras gaúchas em 2015. O valor foi apurado pela equipe técnica da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Conforme o presidente da entidade e prefeito de Tapejara, Seger Menegaz, o aumento estipulado é “impraticável” nas cidades. “Não somos contra a valorização da categoria, mas é preciso avaliar a situação dos municípios. Esse reajuste é o dobro da inflação, que fechou em 6,87%”, reclama.
O presidente da Famurs explica que o piso do magistério subiu mais de 100% desde que foi instituído, em 2008. Os acréscimos implementados superaram a inflação em 44%. O aumento real do piso é mais de duas vezes maior do que o crescimento do PIB no mesmo período (14%).
O novo valor do salário mínimo dos professores foi anunciado no início de janeiro pelo ministro da Educação, Cid Gomes. O valor passou de R$ 1,6 mil para R$ 1,9 mil. O cálculo do Piso leva em consideração um critério complexo, baseado na variação do custo-aluno do Fundeb, que cresceu 13,01%. Em contrapartida, a Famurs defende que o aumento do piso seja feito com base no INPC acumulado. Essa proposta está prevista no texto original do Projeto de Lei 3.776/2008, que tramita na Câmara dos Deputados.
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