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Pacote de aumento de impostos piora expectativas e inflação pode ficar acima de 7% neste ano

 

"Ao mesmo tempo em que tem a inflação mais pressionada agora, tem um alívio maior no fim do ano por causa do fiscal mais apertado e da atividade mais fraca", disse o estrategista da corretora Icap, Juliano Ferreira, que manteve sua projeção de que Selic irá a 12,50 por cento no fim do atual ciclo de aperto, iniciado em outubro passado.

"Por isso, o BC pode se dar ao luxo de não colocar a Selic no céu", acrescentou ele.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decide na quarta-feira sobre a Selic e as expectativas quase unânimes são de que elevará a taxa em 0,50 ponto percentual.

Apesar do cenário de maior pressão sobre a inflação, as ações de maior rigor fiscal têm agradado agentes econômicos, que as consideram essenciais para ordenar as contas públicas.

"Se você está fazendo um ajuste, está colocando a casa em ordem e vai ter que pagar um preço no curto prazo", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, que espera que o IPCA avance 7,1 por cento neste ano.

"Mas com medidas de ajuste fiscal, política monetária contracionista e quadro de atividade relativamente fraca, é possível imaginar que os preços voltem a convergir à meta a partir do ano seguinte", acrescentou Rosa, em linha com o cenário que vem sendo defendido pelo próprio BC.

A nova equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff –encabeçada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), além do presidente do BC, Alexandre Tombini– vêm adotando medidas fiscais para recuperar a confiança na economia.(reuters)