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Justiça gaúcha nega liberdade a envolvidos em adulteração de leite

Rio Grande do Sul 247 – O Tribunal de Justiça do Estado (TJ) realizou julgamentos de diversos processos relativos às denúncias provenientes das investigações da Operação Leite Compen$ado, que apura fraude no leite industrializado no Rio Grande do Sul. O Ministério Público (MP-RS) negou soltura do ex-vereador de Horizontina, Larri Lauri Jappe, condenado a dez anos de reclusão, em regime inicial fechado, por adulterar o leite comercializado por sua empresa. O MP também negou os pedidos de habeas corpus de 12 presos envolvidos na fraude investigada na região de Gaurama.

De acordo a denúncia do MP, Larri Lauri Jappe praticou a adulteração com o objetivo de aumentar tanto o volume quanto o prazo de validade do leite e, como consequência, impulsionar a lucratividade gerada pela fraude. O órgão apurou que a adição da mistura (ureia contendo formol) serviu, também, para mascarar a adição da água.

Segundo o desembargador Newton Brasil de Leão, os laudos periciais e as demais provas como interceptações telefônicas, entre outros, mostraram que houve efetivamente a adulteração.

Veja a lista dos 12 presos que tiveram seus habeas-corpus negados:

– Arino Adalberto Adami e Angelo Antonio Paraboni Filho, responsáveis pelo recebimento do leite no Posto de Resfriamento da Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel). Eles mantiveram em depósito o produto adulterado para a venda;

– Angélica Rempel, Amauri Rempel, Cristiane Biasus e Marcia Bernardi eram ligados ao posto de resfriamento Rempel e Coghetto Ltda, também participante da fraude;

– Paulo César Bernstein e Walter Roberto Krukowski, na condição de sócios, administradores e proprietários da empresa Transportes Rafinha Ltda., sabiam das condições das cargas de leite adulteradas e transportadas por seus empregados. Eles faziam a adulteração e o próprio transporte do leite impróprio para as empresas Rempel e Coghetto e para a Cotrel;

– Matheus Alberto Bruggraf e Paulo Cesar Ruhmke eram motoristas da Transportes Rafinha e faziam parte do esquema, assim como os produtores de leite Luciano Antonio Nilson e Fabiana Machado da Silva Nilson.