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Em ato na capital, PT defende reforma política para combater corrupção

O PT marcou seu aniversário de 35 anos em Porto Alegre com um ato na Esquina Democrática; com a presença de deputados, vereadores, do presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi e de Olívio Dutra, os militantes e políticos também fizeram circular um abaixo-assinado pela reforma política para servir de instrumento para pressionar o Congresso a formular um projeto com os tópicos; alguns dos pontos defendidos são a instituição do financiamento exclusivamente público para campanhas políticas e a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva sobre a reforma política

 

10 de Fevereiro de 2015 às 16:25

 

Débora Fogliatto, Sul 21 – O Partido dos Trabalhadores marcou seu aniversário de 35 anos em Porto Alegre, nesta terça-feira (10) com um ato na Esquina Democrática. Com a presença de deputados, vereadores, do presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi e de Olívio Dutra, os militantes e políticos também fez circular um abaixo-assinado pela reforma política, que pretendem que sirva como instrumento para pressionar o Congresso a formular um projeto com os tópicos.

Os pontos defendidos são a instituição do financiamento exclusivamente público par as campanhas políticas, além de propor o voto em lista preordenada para os parlamentos, o aumento compulsório da participação feminina nas candidaturas e a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva sobre a reforma política.

Para os políticos do partido, o primeiro item é necessário para se acabar com a corrupção. "Pela primeira vez, estamos colocando na cadeia corruptos e também os grandes corruptores, empresários", observou a vereadora Sofia Cavedon. Para Olívio Dutra, a reforma "acaba com o toma lá da cá que associa partidos aos interesses privados". "As pessoas que mancharam o nome do PT não estragaram o projeto estratégico de sociedade que o partido tem", afirmou.

Olívio: "Precisa ter vontade popular"

Ao Sul21, Olívio disse acreditar que a reforma só será feita "de baixo para cima". "O PT tem que defender as reformas, como a política, a agrária — que está inacabada–, a urbana, e nós precisamos também de uma reforma tributária, com imposto progressivo, que incida sobre as grandes fortunas, capital especulativo, latifúndio. E precisa ter vontade popular, não acredito que a reforma política venha de cima para baixo", ponderou.

Para Olívio, que já foi governador, senador e concorreu ao Senado em 2014, o PT tem que ter a "franqueza" de assumir que "foram cometidos erros por parte de figuras importantes". Além disso, o partido não pode fraquejar diante de um "ataque dos conservadores, da direita com seus instrumentos e da grande mídia com o enorme poder econômico que tem".

O fato do partido estar atualmente no comando do Executivo do país não pode fazer com que se confunda com o governo em si, refletiu Olívio. “O que o PT não pode fazer por conta dessa relação de forças é riscar seu programa e nem arriar suas bandeiras. Tem que estar na luta popular, contínua, nos espaços em que o povo constrói suas lutas”, afirmou.

Criminalização do partido

Da mesma forma, o presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi, defendeu que as pessoas comprovadamente envolvidas nos escândalos sejam expulsas do partido e afastadas de seus cargos. “Nós do PT criamos todas as condições no Brasil instrumentalizando a Polícia Federal e o Ministério Público para fazer um combate verdadeiro à corrupção. Tudo que está aparecendo é fruto dessa decisão política lá atrás”, refletiu.

O que preocupa, segundo ele, é que o processo de “criminalização da corrupção está se virando contra o PT, e não contra o conjunto de todos, que deveriam ser investigados também”. Nesse sentido, a pauta do fim do financiamento privado de campanha mostraria quem está realmente interessado em combater a corrupção, para Vanazzi. “Estamos fazendo a campanha da reforma política pelo fim do financiamento privado de campanha, e outros partidos são contra. Então estão fazendo demagogia quando falam em combate à corrupção”, acredita.

Campanha

O abaixo-assinado pela reforma política colherá aderências até a metade do ano, quando será enviado para o Congresso Nacional em um ato realizado em Brasília.