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Inter sofre com reservas, mas vence Brasil-RS e sobe para o 2º lugar

O Internacional fez o mínimo para vencer o Brasil de Pelotas, neste domingo (15), no estádio Boca do Lobo.

Com um time completamente reserva, para priorizar a Libertadores, Diego Aguirre viu uma equipe limitada ofensivamente e que marcou em pênalti sofrido e convertido por Valdívia. Taiberson, nos acréscimos, assegurou o 2 a 0. A partida, válida pela 11ª rodada do Gauchão, ainda foi marcada por gritos de ‘Chico Colorado’ por parte da torcida do Xavante, em protesto contra o árbitro Francisco Neto. A arbitragem já entrou na partida em Pelotas pressionada, pois na rodada do meio de semana Luiz Felipe Scolari chamou Francisco Neto de colorado. Com o lance que decidiu a partida sendo um pênalti, os torcedores mandantes reclamaram muito e entoaram em diversos momentos os gritos contra o árbitro.

O resultado deixa o Inter com 19 pontos e na segunda colocação. Atrás somente do Grêmio, que tem um ponto e um jogo a mais. Na próxima rodada, o Colorado enfrenta o Veranópolis fora de casa. Já o Brasil-RS, que para nos 18 pontos, visita o Juventude. Anderson, recuperado de lesão muscular, só entrou no intervalo e não teve atuação destacada. Ainda assim, o meia vira alternativa para o jogo do Internacional contra o Emelec, no Equador, na próxima quarta-feira. O grande destaque do time de Aguirre foi Valdívia, com lampejos de criatividade e o gol da vitória. Fases do jogo: O primeiro tempo em Pelotas foi de muito esforço e pouco futebol. O Brasil-RS começou em cima, mas antes dos 20 minutos deixou o Inter crescer no campo. Neste período, a partida mostrou sua cara e teve quatro cartões amarelos. Entre um lance ríspido e outro, os dois times foram burocráticos. Nas arquibancadas do estádio Boca do Lobo, gritos de "Chico colorado! Chico colorado" a cada falta marcada contra o time mandante. O árbitro Francisco Neto foi chamado de colorado por Felipão na rodada do meio de semana, após o treinador do Grêmio ser expulso em partida contra o Ypiranga-RS. O apupo da massa deixou o clima tenso no campo e também contribuiu para um confronto sem grandes chances de gol. Valdívia, em chute colocado, e Diogo Oliveira em arremate forte foram as boas oportunidades de gol de lado a lado.

O trio de arbitragem ficou mais em xeque quando assinalou, de forma equivocada, impedimento de Alex Amado – alijando o Brasil de um ataque promissor. No lance seguinte, Leandro Leite calçou Valdívia e o pênalti foi assinalado para o Inter. O meia do Colorado bateu mal, o goleiro Anderson chegou a tocar na bola, mas ela passou por debaixo do braço e entrou. Inter em vantagem. "Achei que o juiz foi infeliz na marcação do pênalti. Nenhum juiz marcaria aquele pênalti, mas paciência", afirmou Diogo Oliveira. "A gente veio com uma proposta de jogo, de marcar um pouco mais e por isso fiquei no lado esquerdo. A gente tem que acertar para não deixar os volantes dele jogarem", apontou Alan Ruschel. Na etapa final o jogo seguiu a mesma tônica. Poucas chances de gol, torcida pressionando a arbitragem e o Brasil até se esforçando para ganhar um pênalti também. Anderson entrou no lugar de João Afonso, já na volta do vestiário, mas pouco acrescentou. Lisandro López ficou com a vaga de Rafael Moura pouco depois do início do segundo tempo e teve uma boa chance. Anderson defendeu em dois tempos. A pressão da equipe de Pelotas seguiu até o último minuto, favorecida pela queda de produção ofensiva do Inter. Sem Valdívia, sacado para entrada de Taiberson, o Colorado deu mais campo para o adversário e sofreu até o final. Nos acréscimos, Taiberson apostou corrida com a defesa adversária e levou a melhor. Na saída do goleiro, bateu por baixo e fez 2 a 0. O melhor: Valdívia – meia foi responsável pela melhor chance do Inter com a bola rolando e fez o gol, mesmo que a cobrança do pênalti tenha sido ruim. O pior: Leandro Leite – volante do Brasil de Pelotas fez faltas em série e ainda cometeu o pênalti que garantiu a vitória do Internacional. Chave do jogo: pênalti em Valdívia – meia, de atuação irregular, participou do lance que decidiu o jogo. Ao entrar na área, foi derrubado por Leandro Leite. Com atuações monótonas, times deixaram a impressão que sem a penalidade máxima o empate iria se perpetuar.

Toque dos técnicos: Diego Aguirre voltou ao 4-2-3-1 e mais uma vez improvisou Alan Ruschel como meia. Além dele, o jovem William foi a novidade no Colorado. O time reserva mostrou dificuldade em atacar, mas não passou por apuros defensivos. Reflexo de uma postura morna do Brasil de Pelotas, que mesmo em casa não adiantou a marcação e ficou bem distante da imagem de time mais forte do interior gaúcho.

FICHA TÉCNICA BRASIL-RS 0 X 2 INTERNACIONAL

Data e hora: 15/03/2015 (domingo), às 16h (horário de Brasília)

Local: Boca do Lobo, em Pelotas (RS)

Árbitro: Francisco Neto Auxiliares: Élio Nepomuceno e Maurício Pena

Cartões amarelos: Washington, Cirilo, Wender, Leandro Leite (BRA); Alan Ruschel, João Afonso, Geferson (INT)

Gols: Valdívia, aos 42 minutos do primeiro tempo. Taiberson, aos 46 minutos do segundo tempo.

BRASIL-RS: Anderson; Wender, Cirilo, F. Cardozo e R. Forster (Brock); L. Leite, Washington, D. Oliveira (Cleiton) e Felipe Garcia (Galiardo); Alex Amado e Nena Técnico: Rogério Zimermann

INTERNACIONAL: Alisson; William, Paulão, Alan costa e Geferson; Rodrigo Dourado, João Afonso (Anderson), Jorge Henrique, Valdívia (Taiberson) e Alan Ruschel; Rafael Moura (Lisandro López) Técnico: Diego Aguirre