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Aguirre diz que Inter precisa esquecer vantagem e até tabu em casa

Diego Aguirre não quer saber dos quase 30 anos de invencibilidade do Internacional contra o Atlético-MG, no Beira-Rio. Nem usar o empate em 2 a 2, na semana passada, como escudo para o confronto desta quarta-feira. Para o técnico, o Colorado precisa esquecer tudo e se ater a uma estratégia que o garanta, dentro de campo, nas quartas de final da Libertadores. O plano dele, contudo, não foi revelado. A dúvida entre Valdívia e Jorge Henrique persiste.

"Os números e estatísticas de quantos anos fazem eu nem sabia. Não são importantes. Cada jogo é um jogo diferente, tem novos jogadores e treinadores. Nem penso nisso", disse Aguirre nesta terça-feira (12), em entrevista coletiva no CT do Parque Gigante. "Eu já tomei uma decisão, sei o que fazer, mas vocês só vão saber no jogo. As duas decisões são boas: começar no ataque ou então especular e esperar os espaços", comentou em outra resposta.

No Beira-Rio, o Inter tem uma série de fatos que geram euforia na torcida. Um deles é o largo histórico sem derrotas para o Atlético-MG. A última vez que o Galo ganhou no estádio do Colorado foi em 1986. Outro dado é que o time de Diego Aguirre está invicto como mandante na temporada. Além de ter marcado dois gols fora, na semana passada, e contar com o empate sem gols ou de 1 a 1 para seguir na competição.

"Muitas vezes você imagina uma estratégia, acontecem coisas e muda tudo. Às vezes você tem uma ideia e não pode fazer, mas nós não temos uma vantagem. É algo mínimo. Não considero uma vantagem, foi bom o empate e fazer dois gols lá, mas não estou sentindo uma vantagem importante. Se acabar 0 a 0, ok, vamos passar pelo o que foi feito lá. Mas temos que tirar o último jogo da nossa cabeça. Temos que tentar jogar, tentar ganhar. Noventa minutos são muito tempo para só especular", afirmou o treinador uruguaio.

Valdívia ou Jorge Henrique
Estratégia vocês vão quando começar o jogo. Se eu falar um dia antes, não é estratégia. Tenho uma ideia de como fazer, o time está definido. Mas vocês só vão ver no jogo.

D’Alessandro e Lisandro López em jogo decisivo
São espetaculares, normalmente nos jogos decisivos quanto mais alto o nível do jogo, os jogadores que têm mais qualidade crescem. Isso faz a diferença, a meu ver, do jogador de alto nível e do jogador normal. Eles também têm jogadores assim. Precisamos esperar que eles tenham uma boa resposta. Eles são líderes até anímicos do nosso time.

O que pesa a favor de Jorge Henrique e Valdívia
Os dois tem seus pontos positivos. Com Valdívia tenho mais profundidade, mais ataque. Com Jorge mais recuperação, ajuda na defesa. São bem diferentes, mas muito importantes. Dependendo do que eu quero fazer, é normal pensar em buscar o jogo ou esperar. Pegar espaços para contra-atacar.

Ano do Valdívia melhor
Valdívia mostrou muita coisa boa e Jorge também. Não dá para comparar, são bem diferentes. Valdívia é mais ofensivo, cria mais chances de gol, mas taticamente o Jorge Henrique faz um trabalho que talvez não seja tão bonito como o do Valdívia. Mas é importante. São opções excelentes, as duas.

Euforia da torcida
Estamos felizes de poder dar alegrias aos torcedores, queremos continuar assim. Acho que é fundamental que o torcedor esteja aqui conosco. Eles dão uma força importante. Não é algo decisivo, mas é algo mais. É uma vantagem jogar em casa, mas não é uma coisa decisiva. Com a torcida no Beira-Rio, estádio lotado e todos juntos, pode ser uma coisa que talvez faça diferença.

Plano é decidir no primeiro ou no segundo tempo?
É difícil, é um jogo de 180 minutos que já começou e teve situações. Não é um jogo separado do outro, a primeira parte já aconteceu e fizemos dois gols. Foi importante, ok, mas não é como outro jogo qualquer. Eu já tomei uma decisão, sei o que fazer. As duas decisões são boas: começar no ataque ou então especular e esperar os espaços.

A diferença entre Nilmar e Lisandro para o jogo do Inter
Tanto Nilmar como Lisandro são excelentes jogadores, mas diferentes. Nilmar é mais para o espaço, Lisandro é de bola no pé e jogo coletivo. Isso muda e talvez faça o Inter tem uma característica de jogo diferente. Mas a intenção é na hora de atacar contar com a qualidade não só do Lisandro, mas todas as outras opções. Tem o Sasha e o D’Ale para completar ali. Temos que tirar o máximo de cada jogador pensando no time.

O jogo do ano. Com surpresa na escalação
Não, não tem surpresa. Pelo menos para mim, não tem (risos). Este é o jogo mais importante do ano, claro, mas é decisivo para todos nós. Não é para o Diego Aguirre, mas para o Inter. Este é um jogo fundamental para todos nós. Pela qualidade do adversário, pelo o que significa avançar e assim vemos este jogo. Estamos todos conscientes e mentalizados para dar o melhor.

Valdívia em alta. Anderson em baixa
Valdívia foi aproveitando as oportunidades, todos tiveram, e ele foi melhorando jogo a jogo. Falamos sobre o que ele tinha de fazer no campo, é verdade, e se ele fizesse isso teria chance no time. Foi o que ele conseguiu. Jogou muito, mas também ajuda o time e trabalha. Coisas que talvez antes ele não fazia. Valdívia é uma realidade. É uma fase boa, está com confiança. Espero que ele possa continuar assim durante o ano. Anderson… Bom, estamos tentando como com todos os outros jogadores dar um bom trabalho, o melhor de nós, para que aconteça como foi com o Valdívia. Eu sei, tenho certeza que é um grande jogador, e que vai fazer coisas boas para o Inter. Estamos tentando, não só o corpo técnico, mas todos que estão no Inter, deixar ele capaz de fazer o melhor possível.