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Inter leva gol nos acréscimos e larga em desvantagem nas quartas

O Internacional conseguia um empate com gosto de vitória até os 46 minutos do segundo tempo diante do Santa Fe, mas não resistiu. Depois de levar duas bolas na trave, o Colorado vazou e levou gol de Mosquera e foi derrotado nesta quarta-feira (20), em Bogotá. O placar obriga o time dirigido por Diego Aguirre a fazer 2 a 0 no Beira-Rio para chegar às semifinais da Libertadores.

A derrota não foi injusta, mas soa como um castigo. Seguro em metade do jogo, o Colorado resistiu a pressão como pôde. Ao longo dos 90 minutos, o Inter deu sinais de cansaço e influência da altitude – de 2640 metros acima do nível do mar.

Fases do jogo: Ao contrário do imaginado, o primeiro tempo em Bogotá não foi em ritmo acelerado e intenso. Tanto Santa Fe quanto Inter demoraram para chutar a gol e foram para o intervalo sem acertar o alvo. Do lado dos mandantes, mais posse de bola e tentativa pelos lados – abrindo mão de ter Omar Pérez como centro do time. No Colorado, nada da mesma marcação pressão que foi usada em jogos-chave do ano até aqui (Universidad de Chile, Gre-Nal da final do Gauchão e Atlético-MG).

Esperando um erro do time colombiano, o Internacional deu campo e por vezes parecia controlar o fôlego em um duelo particular com a altitude. Apesar da postura, a equipe dirigida por Diego Aguirre não passou por nenhum grande susto. Foi Valdívia quem mais chegou perto do gol, ao aproveitar vacilo de Roa e tabelar com Lisandro López. Da intermediária, o meia tentou repetir o que fez diante de Victor e bateu por cobertura. Bola para fora.

A melhor chegada do Santa Fe foi com Mosquera, livre em um raro desajuste entre volantes e zagueiros, mas que finalizou errado. Antes do apito para o intervalo, D’Alessandro reclamou de uma entrada mais dura e levou amarelo. Irritado, o gringo chegou a bater boca com um cinegrafista no túnel de acesso.

A etapa final foi completamente diferente e deu motivos para o Inter comemorar o placar fechado. Os donos da casa se mandaram para o ataque atrás de um gol, uma vantagem qualquer no confronto, e o Inter respondeu flutuando suas linhas – ora mais à frente, ora mais atrás. As manobras do Internacional não seguraram o Santa Fe, mas a trave sim. Meza, aos 19, obrigou Alisson a fazer o primeiro milagre e no rebote acertou a barra direita. Aos 21, Mosquera foi quem carimbou o travessão de cabeça, após escanteio. Oito minutos mais tarde, a grande chance. Pérez deu uma cavadinha e deixou Borja cara a cara com o goleiro. Dentro da pequena área, o atacante botou força demais e isolou para alívio do time gaúcho.

O(s) melhor(es): Aránguiz – volante foi incansável na marcação e deu cobertura nos dois lados para os laterais Ernando e William. Alisson – goleiro fez grande defesa em cabeçada de Meza e contou com a sorte em outras duas jogadas para não ser vazado.

O(s) pior(es): Eduardo Sasha – camisa nove não repetiu atuações anteriores. Mesmo intenso para voltar na marcação, pouco ajudou no ataque. Errou lances fáceis e foi o primeiro a ser sacado. D’Alessandro – discreto, argentino se irritou com arbitragem e levou amarelo por reclamação. Na etapa final, deu sinais de esgotamento físico e também foi substituído.

Toque dos técnicos: Gustavo Costas botou em campo um Santa Fe no 4-2-2-2, com meio-campo em losango, mas abriu mão de ter Pérez como peça-chave para atacar. Jogada pelos lados, lançamentos longos e bolas paradas foram o expedientes contra o Inter. Diego Aguirre manteve a escalação que venceu o Atlético-MG com Lisandro López. Sem a bola, duas linhas de quadro para defender e D’Alessandro ao lado do centroavante. A diferença na estratégia foi ter deixado de lado a marcação pressão no campo do adversário.

FICHA TÉCNICA

INDEPENDIENTE SANTA FE 1 X 0 INTERNACIONAL

Data: 20/05/2015

Local: estádio El Campín, em Bogotá, Colômbia

Árbitro: Nestor Piana (ARG)

Auxiliares: Hernan Maidana (ARG) e Juan Belatti (ARG)

Cartões amarelos: Roa (SAN); D’Alessandro (INT)

Gol: Mosquera, aos 46 minutos do segundo tempo

SANTA FE: Castellanos; Anchico, Mina, Meza e Mosquera; Roa, Daniel Torres, Seijas e Omar Pérez; Morelo (Borja) e Luis Paez (Rivera)

Técnico: Gustavo Costas

INTERNACIONAL: Alisson; William, Alan Costa, Juan e Ernando; Rodrigo Dourado, Aránguiz, Eduardo Sasha (Nilmar), D’Alessandro (Nico Freitas) e Valdívia; Lisandro López (Réver)

Técnico: Diego Aguirre