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PSDB ataca

O governo federal surpreendeu, vetando emenda apresentada pelo PSDB e aprovada pelo Congresso, que proíbe o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de manter sigilo em suas operações, muito especialmente nas realizadas fora do País. A alegação do Palácio do Planalto é de que “a divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresarias, prejudicando a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços”. Pode valer para estabelecimentos privados de financiamento, não para uma instituição que utiliza recursos públicos.

No ano passado, projeto com o mesmo teor também foi vetado. A repetição levou o Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos políticos do PSDB, a avaliar: “Na era petista, o banco transformou-se numa espécie de Tesouro paralelo, financiando empreendimentos escolhidos pelos donos do poder e emprestando aos amigos do rei e da rainha. Com quase nenhuma transparência.”

Entre 2007 e 2014, os repasses do Tesouro aos bancos públicos passaram de R$ 14 bilhões (0,5 por cento do Produto Interno Bruto) para R$ 545 bilhões (10,6%). Deste valor, mais de 80 por cento foram para o BNDES.

“São dezenas de operações sob suspeita, tanto aqui, quanto no exterior, sempre com um traço comum: os beneficiários se tornam, em algum momento, pródigos doadores do PT e das campanhas eleitorais do partido. Apenas para lembrar algumas, há o porto de Mariel e o aeroporto de Havana em Cuba e o metrô de Caracas, na Venezuela”, acrescenta o documento do Instituto Teotônio Vilela.

A bancada estadual do PSDB irá tratar do assunto, na próxima semana, quando número maior de deputados estiver em plenário. A expectativa se concentra nos argumentos de defesa que o PT deverá contrapor.