Na semana do 5° Congresso do PT, em Salvador, presidente Dilma Rousseff sai em defesa do ajuste fiscal da equipe de Joaquim Levy; “Eu acho injustas as críticas porque não é responsabilidade exclusiva dele. Não se pode fazer isso, criar um judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada de resolver o problema”, afirma; segundo ela, a retomada do crescimento começa com o ajuste e se complementa com medidas que serão anunciadas até agosto; Dilma também destaca a importância da revisão das desonerações, minimiza as derrotas no Congresso, prevê menos celeridade no projeto de terceirização no Senado e defende punições no caso da Fifa: “Não precisamos pagar ninguém para trazer a Copa para cá”
8 de Junho de 2015 às 05:11
247 – A presidente Dilma Rousseff saiu novamente em defesa do ajuste fiscal da equipe do ministro Joaquim Levy. Na semana do 5° Congresso do PT, em Salvador, ele pede apoio às medidas, como primeiro passo da retomada da economia.
“Eu acho injustas as críticas porque não é responsabilidade exclusiva dele. Não se pode fazer isso, criar um judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada de resolver o problema”, afirmou em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’.
Segundo Dilma, a retomada do crescimento começa com o ajuste e se complementa com medidas que serão anunciadas até agosto. Ela destaca o Programa de Investimento em Logística, o Plano Safra da Agricultura Familiar, além dos investimentos previstos pela Petrobras.
Ainda sobre a estatal, ela afirma: "Nós viramos uma página". "Uma empresa que tem mais de 90 mil funcionários, que ganhou o prêmio na OTC (Offshore Technology Conference, entidade do setor de energia) por inovação, pela capacidade de extrair de áreas profundas, não está comprometida por cinco, seis, sete, ou sei lá quantos anos. A Petrobrás tem hoje todas as condições, mas, obviamente, o mercado precisa ajudar", disse.
Dilma se colocou contra a mudança na maioridade penal: “Eu não sou a favor por um motivo muito simples: onde ocorreu, ficou claro que isso não resultava em proteção aos jovens. Defendemos um projeto de lei no qual puniríamos fortemente o adulto da quadrilha que usasse criança e adolescente como escudo. E o crime hediondo praticado por menor tem de ter tratamento diferenciado. As medidas socioeducativas têm de ser prolongadas.”
A presidente também destacou a importância da revisão das desonerações, minimizou as derrotas no Congresso, apostou em menos celeridade no projeto de terceirização no Senado e defendeu punições no caso da Fifa: “Não precisamos pagar ninguém para trazer a Copa para cá” (leia mais).