O presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Amarilio Vieira de Macedo Neto, falou sobre o andamento das obras de expansão do hospital, que já estão 17% concluídas e devem ser finalizadas em dezembro de 2017; segundo a direção do hospital, entre junho de 2014 e junho de 2015, foram realizados 17,02% das obras, sendo executados R$ 67,6 milhões do total previsto, R$ 408,9 milhões. "A obra está preparando o Hospital de Clínicas para os próximos 40, 50 anos", disse Vieira
3 de Julho de 2015 às 15:31
Luís Eduardo Gomes, Sul 21 – O presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Amarilio Vieira de Macedo Neto, concedeu entrevista nesta sexta-feira (3) para falar do andamento das obras de expansão do hospital, que já estão 17% concluídas e devem ser finalizadas em dezembro de 2017.
A expansão do HCPA prevê a construção de dois novos prédios – o anexo I terá 53,9 mil m² e o Anexo II terá 30,1 mil m². Segundo a direção do hospital, entre junho de 2014 e junho de 2015, foram realizados 17,02% das obras, sendo executados R$ 67,6 milhões do total previsto, R$ 408,9 milhões. “A obra está preparando o Hospital de Clínicas para os próximos 40, 50 anos”, disse o presidente do HCPA.
A direção do hospital salienta que a expectativa é que a obra seja executada com uma economia de R$ 11 milhões, devido ao enquadramento na Lei de Desoneração Fiscal da Folha de Pagamento. Esta previsão orçamentária não inclui as verbas necessárias para compras de novos equipamentos hospitalares, que devem vir do governo federal – o HCPA ainda está estudando quanto será necessário investir nessa área.
Até o momento, já foram executadas as fases de escavação, execução das fundações, paredes diafragma, contenção do solo com tirantes para suportar a estrutura dos novos prédios, a colocação de 700 estacadas na base dos anexos, a implantação de reservatórios de armazenagem de água e o serviço de execução das lajes do primeiro e segundo subsolos. Segundo o engenheiro responsável pela obra, Fernando Martins Pereira da Silva, entre julho e agosto, começarão a ser colocadas as primeiras lajes no subsolo. Em novembro, já será possível ver a parte externa da rua.
Silva salientou que, para a realização da obra, foi necessária a construção de toda uma estrutura paralela de suporte. “Construímos uma cidade”, disse o engenheiro. São 17 instalações, o que inclui escritórios, uma subestação de energia elétrica e um grande prédio de vestiário para os trabalhadores. Atualmente, ao menos 310 pessoas estão trabalhando na obra. Com a necessidade de mais funcionários na obra nas próximas etapas, a expectativa é que o número de trabalhadores chegue a mil no ano que vem.
Expansão triplica a emergência
Quando a obra estiver pronta, a emergência do HCPA saltará dos atuais 1,7 mil m² para 5.159m², o bloco cirúrgico/centro cirúrgico ambulatorial passará de 28 para 41 salas. O número de leitos no centro de tratamento intensivo subirá de 54 para 110, também serão ampliados os setores de hemodinâmica, recuperação pós-anestésica, diálise, hospital-dia, endoscopia, fisiatria, salas de aula, auditórios, recepção e estacionamento (722 novas vagas).
Quando a obra estiver pronta, a emergência do HCPA saltará dos atuais 1,7 mil m² para 5.159m², o bloco cirúrgico/centro cirúrgico ambulatorial passará de 28 para 41 salas. O número de leitos no centro de tratamento intensivo subirá de 54 para 110, também serão ampliados os setores de hemodinâmica, recuperação pós-anestésica, diálise, hospital-dia, endoscopia, fisiatria, salas de aula, auditórios, recepção e estacionamento (722 novas vagas).
A expectativa é que os dois novos prédios estejam concluídos em dezembro de 2017. Contudo, Macedo Neto salientou que isso não significa que todas novas áreas do hospital estarão em pleno funcionamento já nesta data. Segundo o presidente do HCPA, a liberação dos andares e das novas estruturas deve ocorrer de forma paulatina.
Ampliação não deve resolver problema de superlotação
Entre as principais mudanças previstas no projeto de expansão do HCPA está a transferência da emergência para o térreo de um dos novos prédios. Contudo, segundo a direção, apesar da ampliação da emergência, provavelmente não se resolverá a questão da superlotação. “A emergência vai triplicar. Mas, se certas coisas no sistema básico continuarem como estão, a emergência vai superlotar”, disse Macedo Neto.
Segundo ele, para resolver a questão da superlotação de emergências é preciso que, por exemplo, as pessoas, em casos menos graves, procurem atendimento nos postos de saúde e estes locais façam o tratamento adequado dos pacientes sem precisar encaminhá-los para o HCPA.