Se Paolo Guerrero tinha pressa para ajudar o Flamengo, conseguiu o que queria. Nesta quarta-feira (8), o time carioca venceu o Internacional no Beira-Rio sob regência dele. Com um gol – irregular pela posição de Canteros, e assistência para Everton, o peruano foi o nome de um jogo válido pela 12ª rodada do Brasileirão. O 2 a 1, Ernando descontou, alivia a equipe dirigida por Cristóvão Borges e joga a crise para o colo da equipe gaúcha.
Apresentado oficialmente pelo Flamengo na terça, Guerrero foi a melhor coisa no jogo por vezes sonolento. Além do gol e da assistência, o camisa nove mostrou disposição e acossou o Internacional. Os donos da casa, aliás, voltaram a fazer uma partida para lá de fraca. E olha que o compromisso era encarado originalmente como o teste final para o duelo com o Tigres-MEX.
Com o resultado, o Flamengo chega aos 13 pontos e sobe para a 13ª colocação. O Inter acumula a terceira derrota consecutiva, cai para o 16º lugar e entra em crise. Uma semana antes de voltar a disputar a Copa Libertadores, o rendimento é o pior do ano. E com várias lesões ainda desfalcando a equipe.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 1 X 2 FLAMENGO
Data: 08/07/0215 (quarta-feira)
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Público: 12.496 (10.937)
Renda: R$ 265.260,00
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio
Auxiliares: Fábio Pereira e Bruno Raphael Pires
Cartões amarelos: Geferson, Nico Freitas, Rafael Moura (INT); Jorge, Marcelo (FLA)
Gols: Guerrero, aos 10 minutos do primeiro tempo; Everton, aos 20 minutos do segundo tempo; Ernando, aos 47 minutos do segundo tempo.
INTERNACIONAL: Muriel; William, Alan Costa, Ernando e Geferson; Rodrigo Dourado (Nico Freitas), Wellington, D’Alessandro (Vitinho), Alisson Farias (Rafael Moura) e Valdívia; Lisandro López
Técnico: Diego Aguirre
FLAMENGO: César, Ayrton, Marcelo, Wallace e Jorge; Jonas, Cáceres (Márcio Aráujo), Canteros, Everton e Emerson Sheik; Guerrero
Técnico: Cristóvão Borges
Fases do jogo
- Primeiro tempoPobre ofensivamente, o Internacional viu o Flamengo ser efetivo. Sem velocidade e previsível no ataque, o Colorado criou apenas três chances de gol e todas com chutes de fora da área. O time carioca chegou aos 9 minutos e fez. É bem verdade que Canteros estava impedido no momento em que desviou para Guerrero marcar, mas a arbitragem não viu e confirmou o gol. Nem o brilho individual de Valdívia salvou.
- Segundo tempoO que era ruim ficou pior depois do intervalo. Com Nico Freitas e Rafael Moura, o Internacional não melhorou e passou a ver o Flamengo chegar mais no gol defendido por Muriel. Canteros foi o primeiro, mas quem marcou foi Everton. Com assistência de Guerrero. Nervoso e desarrumado por completo, o Colorado tornou a derrota mais do que justa diante de um adversário organizado na defesa e atento na frente.
Destaques
- Guerrero letal – Paolo Guerrero contra o Internacional é sinal de gol. Nos quatro jogos que o peruano fez contra o clube gaúcho, ele sempre marcou. Foi assim em 2012, em Porto Alegre, e nas duas partidas do ano passado. A sina se confirmou e ajudou o gringo em sua estreia pelo Flamengo.
- Trinca de derrotasAntes de fazer um jogo sonolento contra o Flamengo, o Internacional já havia perdido para Sport e Atlético-MG. Somando o tropeço desta quarta-feira, o time dirigido por Diego Aguirre chega a três derrotas consecutivas. Pela primeira vez na temporada. Com oito gols sofridos e apenas um marcado.
- 12 anos depois – O Flamengo quebrou um tabu de mais de uma década. A última vitória do time no Beira-Rio havia ocorrido em 11 de agosto de 2002, pelo Brasileirão. Com placar de 3 a 1. De lá para cá, 10 vitórias do Inter e quatro empates.
- Preservação continua – Mesmo jogando pouco e perdendo, o Internacional voltou a preservar jogadores pensando na Copa Libertadores. Rodrigo Dourado foi sacado no intervalo para entrada de Nico Freitas. E aos 14 do segundo tempo, D’Alessandro saiu com dores no ombro e na mão esquerda para entrada de Vitinho.
Melhores
- Guerrero, FlamengoCentroavante foi apresentado na véspera da partida, mas pareceu já estar no Flamengo há tempos. Além do gol e da assistência, fez pivô e forçou contra a zaga do Inter. Foi comandante da vitória do início ao fim.
Piores
- Geferson, InternacionalNo segundo jogo depois de ir à seleção, o lateral esquerdo foi outra vez disperso. Falhou na marcação e foi quase nulo no ataque.
- D’Alessandro, InternacionalCapitão do time foi burocrático, sem finalizações e nem mesmo a intensidade de outros jogos. Por vezes ficou parado na ponta direita, esperando o jogo andar. Sentiu ombro e depois a mão esquerda – que passou por cirurgia. Foi sacado.