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Inter tem início arrasador, vence Tigres por 2 a 1 e fica perto da final

Dois gols em 10 minutos e um pé na final da Copa Libertadores. Outra vez com início de partida arrasador, como já havia feito em outros quatro jogos decisivos do ano, o Internacional largou em vantagem na semifinal contra o Tigres-MEX. A vitória por 2 a 1 – gols de D’Alessandro e Valdívia, Ayala descontou, deixa o time gaúcho a um empate da decisão.

A vitória do Inter não teve futebol de encher os olhos, mesmo com todos os jogadores considerados vitais à disposição. Foi um jogo de oscilações, de gols ocasionais. Mas no final das contas, o Colorado foi mais resistente que o adversário badalado pelas contratações impactantes e caras.

Com um jogador a mais em campo desde os 17 minutos do segundo tempo, o Internacional pode lamentar o fato de não ter obtido vantagem maior para a partida de volta.

Além de Valdívia e D’Alessandro, autores dos gols, Alisson merece menção honrosa pela atuação. O goleiro fez duas grandes defesas e salvou o Internacional ainda no primeiro tempo. Do lado mexicano, Aquino e Gignac se destacaram. Rafael Sóbis não fez gol, mas também não se omitiu no reencontro com o clube do coração e serviu Ayala para descontar.

O jogo de volta e decisivo acontece na próxima quarta-feira, em Monterrey. O Internacional pode empatar ou perder por um gol de diferença a partir do placar de 3 a 2.

Fases do jogo

  • Primeiro tempo – A primeira parte do jogo pode ser dividida em duas. No começo, com marcação pressão, o Inter deixou o Tigres atordoado e fez dois gols. Primeiro com D’Alessandro e aos 10 com Valdívia. Só que a vantagem fez o Colorado relaxar. A equipe do México se acertou e descontou após escanteio da esquerda. O gol de Ayala mudou a partida. Dali até o intervalo quem teve mais chances foram os visitantes. Sóbis e Gignac (em grande jogada individual) só não fizeram por conta de duas grandes defesas de Alisson.
  • Segundo tempo – Na etapa final o confronto também se dividiu em dois. Até os 17 minutos, o Tigres teve duas chances claras para marcar e não marcou. Quando Ayala fez falta violenta em Lisandro López e foi expulso, o Inter cresceu. A vantagem numérica tornou o Colorado dono da posse de bola. Sem os sustos de antes. Mas também com falta de intensidade para marcar de novo: apenas duas finalizações.

Destaques

  • Duelo tático – No começo, o Internacional usou e abusou do seus 4-2-3-1 para apertar o Tigres. A marcação pressão foi a chave, mas a movimentação de Nilmar e Lisandro López ajudou – a dupla se revezou como centroavante. O Tigres, por sua vez, começou no 4-1-4-1 e não se achou. Passou para o 4-4-2 com Sóbis fazendo companhia a Gignac.
  • Sóbis presente – Vaiado antes da bola rolar, Rafael Sóbis não se omitiu do jogo. Foi dele a assistência para o gol de Ayala, mas antes também partiu do camisa nove a bronca com Geferson. Após entrada dura do lateral esquerdo, o atacante do Tigres foi tirar satisfação.
  • Gol sofrido em casa – O Internacional fez valer seu mando de campo, mas não fugiu de uma estatística que preocupa. Somente contra o Strongest, na fase de grupos, o time conseguiu terminar um jogo em casa sem sofrer gol. Nas outras cinco partidas a equipe teve de buscar a bola no fundo da rede pelo menos uma vez.
  • Auxiliar no campo – Suspenso pela Conmebol por três jogos, o técnico Diego Aguirre acompanhou o jogo de um camarote. Na beira do campo ficou o auxiliar técnico Enrique Carrera. Ex-goleiro, o braço direito do treinador desde 2008 a todo momento ia até o banco de reservas para trocas ideias com os demais integrantes da comissão técnica.

Melhores

  • Alisson, Internacional – Goleiro não teve culpa no gol de Ayala e depois fez duas grandes defesas ainda no primeiro tempo. Uma em chute rasteiro de Rafael Sóbis e outra em finalização alta – colocada – de André-Pierre Gignac. Foi decisivo.
  • Rafael Sóbis, Tigres – Atacante revelado pelo Inter, bicampeão da Libertadores no Beira-Rio em 2006 e 2010, não se omitiu do jogo. Deu passe para o gol de Ayala, saiu na cara do goleiro Alisson e ainda criou outras jogadas. Substituído aos 42 minutos, foi vaiado pelos torcedores antes, durante e depois do apito final.

Piores

  • José Francisco Torres, Tigres – Chamado de ‘el gringo’ por ter nascido nos Estados Unidos, lateral foi quem mais errou no Tigres. Desde passes curtos até jogadas mais elaboradas. Serviu de caminho para o Inter atacar – especialmente no primeiro tempo.
  • Geferson, Internacional – Lateral esquerdo falhou no apoio e foi precipitado em lances defensivos. No segundo tempo, deu condições para Sóbis cabecear livre e obrigar

FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 2 X 1 TIGRES-MEX

Data: 15/07/2015 (quarta-feira)
Local: estádio Beira-Rio
Público: 44.884 pessoas (40.783 pagantes)
Renda: R$ 2.381.190
Árbitro: José Argote (Venezuela)
Auxiliares: Jorge Urrego (VEN) e Carlos López (VEN)
Cartões amarelos: Geferson (INT); Jiménez, Ayala, Pizarro, Juninho (TIG)
Cartão vermelho: Ayala (TIG)
Gols: D’Alessandro, aos 4 minutos do primeiro tempo; Valdívia, aos 10 minutos do primeiro tempo (INT); Ayala, aos 23 minutos do primeiro tempo (TIG)

INTERNACIONAL: Alisson; William, Alan Costa, Ernando e Geferson; Dourado, Aránguiz, D’Alessandro, Valdívia (Rafael Moura) e Nilmar (Eduardo Sasha); Lisandro López
Técnico: Diego Aguirre