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‘Se o governador não sabe governar, que renuncie’

Com a participação de aproximadamente 200 funcionários, a assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe-RS) definiu ações em preparação à greve geral; serão realizadas plenárias no Interior com o fim de organizar a greve. A ideia é chegar à assembleia unificada do dia 18 de agosto, quando deverá ser deflagrada a greve, com um mapeamento de todos os órgãos que irão parar; “Nesse momento, o governo joga a sociedade contra nós. Se o governador não sabe governar o Estado que renuncie”, afirmou o presidente do Sindsepe, Claudio Augustin, referindo-se ao fato de o Piratini atrasar repasses na área da Saúde para cumprir a decisão judicial de pagar em dia os salários dos servidores

 

17 de Julho de 2015 às 15:04

Jaqueline Silveira, Sul 21 – Com a participação de aproximadamente 200 funcionários, a assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe-RS), realizada na manhã desta sexta-feira (17), definiu ações em preparação à greve geral. Além do estado de greve, os servidores de diferentes regiões do Estado, que superlotaram o auditório do Cpers/Sindicato, aprovaram a elaboração e distribuição de um milhão de panfletos para esclarecer a população sobre os motivos da futura paralisação. Também serão realizadas plenárias no Interior com o fim de organizar a greve. A ideia é chegar à assembleia unificada do dia 18 de agosto, quando deverá ser deflagrada a greve, com um mapeamento de todos os órgãos que irão parar.

Com um discurso afinado, as lideranças sindicais defenderam a unidade dos servidores como resposta "aos ataques de direitos" que, na opinião delas, o governo de José Ivo Sartori (PMDB) tem praticado. O alvo das críticas das categorias é o pacote enviado à Assembleia Legislativa e que prevê, entre outras medidas, a transformação da licença-prêmio em capacitação e a criação da Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal, que veda aumentos salariais sem previsão de receita.

As manifestações também revelaram preocupação em esclarecer a população sobre a greve. “Nesse momento, o governo joga a sociedade contra nós. Se o governador não sabe governar o Estado que renuncie”, afirmou o presidente do Sindsepe, Claudio Augustin, referindo-se ao fato de o Piratini atrasar repasses na área da Saúde para cumprir a decisão judicial de pagar em dia os salários dos servidores. Augustin defendeu o combate à sonegação fiscal para garantir recursos à Saúde. “Ele (governo) tem de tirar dinheiro dos empresários”, completou.

O dirigente reforçou a importância de ter a sociedade ao lado durante a greve. “Ou nós ganhamos a população, ou seremos derrotados”, alertou Augustin. Diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Farias frisou que a questão de um servidor “é o problema de todos”. O presidente do Sindsepe pregou “a unificação dos trabalhadores” e a superação das divergências em nome de uma causa maior. “Em primeiro lugar, está a classe”, destacou ele, acrescentando que é hora de deixar “as disputas de beleza” de lado em prol da greve geral. “Só se quebra um governo unido, esse mexeu com vocês”, observou Rubem Santos, também integrante do Sindsepe.

Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, Rogério Ramos ressaltou que a categoria não irá aceitar “parcelamento e congelamento de salários”. “A isso, nós vamos dizer um grande e sonoro não”, conclamou ele, mobilizando a categoria para a paralisação. “O que resolve é povo na rua e organizado”, concluiu Ramos.

Resoluções ao congresso da CUT

Também na assembleia do Sindsepe, os servidores aprovaram os delegados e as resoluções ao Congresso Nacional da CUT, que ocorre no mês de agosto. Entre as propostas, estão construção de plano de carreiras para todos os servidores, política de recuperação das perdas salariais, condições adequadas de trabalho, direito à creche para os filhos de servidores, posição contrária à terceirização e democratização dos meios de comunicação.(247-RS)