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Simon também pede afastamento de Cunha

Depois do senador Roberto Requião (PMDB-PR) e do deputado Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), outro peemedebista histórico, o ex-senador Pedro Simon (RS), reforçou a posição da ala do partido pelo afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara; "A posição dele ficou muito delicada. O ideal, nesse sentido, seria o afastamento dele", completou; para Simon, a prioridade neste momento deve ser a busca de um entendimento entre os diferentes agentes políticos para enfrentar a crise vivida pelo Brasil; "Alguém tem que fazer isso. Não tem bombeiro, só tem incendiário", afirma

 

21 de Julho de 2015 às 16:45

Rio Grande do Sul 247 – O ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) classificou nesta terça-feria, 21, como "prudente" o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após as denúncias de recebimento de propina para viabilizar contratos na Petrobras.

"Ele (Cunha) é inimigo do Executivo, e inimigo ele pode ser. Agora, presidente da Câmara e inimigo do governo é uma coisa complicada. E com essas acusações então…", avaliou o peemedebista histórico, em entrevista ao Broadcast Político. "A posição dele ficou muito delicada. O ideal, nesse sentido, seria o afastamento dele", completou.

Nos últimos dias, outros líderes históricos do PMDB, como o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PE) e o senador Roberto Requião (PR), criticaram a decisão unilateral de Cunha e questionaram sua continuidade à frente da Câmara até o esclarecimento das acusações que pesam contra ele. 

Longe de Brasília desde janeiro, quando encerrou seu quarto mandato como senador, Simon, de 85 anos, diz que a prioridade, neste momento, deve ser a busca de um entendimento entre os diferentes agentes políticos para enfrentar a crise vivida pelo Brasil.

"Não há uma pauta (comum). O presidente da Câmara tem a dele, o presidente do Senado tem a dele. Mesmo dentro dos partidos, cada um tem a sua", disse. Para ele, faltam líderes que pensem de forma coletiva, mesmo fora do cenário político. "Alguém tem que fazer isso. Não tem bombeiro, só tem incendiário", afirma.

Segundo Simon, os desdobramentos da operação Lava Jato e a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) com relação à aprovação ou reprovação das contas do governo federal em 2014 tendem a tornar o ambiente em Brasília ainda mais turbulento, mas caberá a Temer "acalmar o PMDB" e "fazer o entendimento geral".