Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Por um voto de diferença, governo Sartori consegue aprovar alta de ICMS na Assembleia

Por um voto de diferença, governo Sartori consegue aprovar alta de ICMS na Assembleia

Placar já era esperado: 27 a favor e 26 contra

 

Veja como ficou o placar, em foto postada no Twitter pelo coordenador-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier

Como já se previu, o governo gaúcho somou 27 dos 53 votos de deputados em plenário e aprovou, perto da 1h desta quarta-feira, o aumento das alíquotas de ICMS até o fim de 2018. A emenda prevendo prazo de três anos de vigência passou com placar semelhante: 28 votos a favor e 23 contra. O projeto eleva o índice básico de 17% para 18% mas, em alguns setores da economia, a alíquota pode chegar a 30% (veja abaixo). Apenas a discussão do projeto durou quase quatro horas, em uma sessão que começou às 14h. A expectativa, com a alta de ICMS, é de que cerca de R$ 1,9 bilhão a mais entrem por ano nos cofres estaduais, a partir de 2016. O aumento entra em vigor em 1º de janeiro.

Veja como votou cada deputado

Durante a tarde, a Justiça garantiu direito ao suplente de Manuela D’ávila, Junior Piaia (PCdoB), de ser empossado, o que diminuiu a diferença pró-governo e acirrou o debate. O comunista votou contrário ao aumento junto com o colega de bancada, Juliano Roso; com Pedro Ruas, único do PSol; os 11 deputados do PT, os cinco do PTB, quatro dos sete deputados do PP (Adolfo Brito, Frederico Antunes, Sérgio Turra e Silvana Covatti); a deputada Any Ortiz, única do PPS; um dos quatro deputados do PSDB (Jorge Pozzobom); e o deputado do PPL (Bombeiro Bianchini). Dos 26 votos contrários, seis partiram de deputados da base aliada do governador José Ivo Sartori.

Foram favoráveis à elevação da alíquota sete deputados do PMDB (o oitavo integrante da bancada, que é o presidente do Parlamento, Edson Brum, só vota em caso de empate, o que não ocorreu); os oito do PDT; três do PP (Ernani Polo, Pedro Westphalen e João Ficher); Jardel, do PSD; três do PSDB (Adilson Troca, Pedro Pereira e Zilá Breitenbach); os três do PSB; o deputado do PR (Missionário Volnei), e o deputado do PV (João Reinelli).

Sérgio Peres (PRB) permaneceu na Serra, onde teve reunião política interna e sofreu crise de gastrite. Foi o único deputado ausente em plenário na sessão de hoje.

ICMS sobe

Com o aval da Assembleia, os índices de ICMS subirão de 25% para 27% em operações internas com cerveja; de 18% para 20% em operações com refrigerantes; de 25% para 30% em energia elétrica, exceto para consumo em iluminação de vias públicas, industrial, rural e, até 50 kW mês, residencial; em gasolina, exceto de aviação, e do álcool anidro e hidratado para fins de combustíveis; além dos serviços de comunicação; e de 17% para 18%, na alíquota básica do ICMS.

Em uma nota publicada ontem, o governo ponderou que a medida, tomada para que se evite um colapso da economia, não atinge a cesta básica, o gás de cozinha, o óleo diesel e a energia elétrica do meio rural e de residências de menor consumo. Além disso, lembra que o projeto equipara as alíquotas de ICMS com as adotadas em outros estados e mantém os índices interestaduais, preservando a competitividade da indústria.

Antes, o Parlamento já havia aprovado o Ampara RS – fundo de pobreza criado também com base em aumento de alíquotas de ICMS, em outros setores.

Fiergs reage

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) criticou o governo: “Lamentamos que os arranjos políticos e a manobra do retorno de secretários de Estado às funções parlamentares deram a margem necessária ao governo do Estado’. Para o presidente da entidade, Heitor Müller, o setor produtivo gaúcho, que já sofre os prejuízos da situação da economia nacional, entra agora em cenário ainda mais crítico.