Colocado contra a parede em relação ao apoio que o PSDB tem dado ao presidente da Câmara, senador Aécio Neves respondeu que "as oposições já se manifestaram, inclusive pelo seu afastamento"; "A nota foi feita pelos líderes das oposições da Câmara e, para mim, está valendo. É um sentimento amplamente majoritário nas oposições em relação à gravidade da denúncia que recai sobre o presidente da Câmara", afirmou; mas se é assim, o que impede os tucanos de assinarem o pedido de cassação de Eduardo Cunha, apresentado nesta terça ao Conselho de Ética?; para o presidente do PSDB, a oposição "não deve cair na armadilha" de desviar o foco, que é afastar Dilma Rousseff, ainda que não haja contra ela uma denúncia sequer, enquanto Cunha já é investigado na Suíça e denunciado no STF
14 de Outubro de 2015
247 – Colocado contra a parede em relação ao apoio que o seu partido, o PSDB, tem dado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Aécio Neves disse que "as oposições já se manifestaram, inclusive pelo seu afastamento".
"A nota foi feita pelos líderes das oposições da Câmara e, para mim, está valendo. É um sentimento amplamente majoritário nas oposições em relação à gravidade da denúncia que recaem sobre o presidente da Câmara", afirmou. Mas se é assim que pensam Aécio e os tucanos do Congresso, o que os impede de assinar o pedido de cassação de Cunha, apresentado nesta terça-feira (13) ao Conselho de Ética?
Segundo Aécio, "o foco principal" da oposição deve ser "o governo do PT". "Ao presidente da Câmara, caberá a ele obviamente se defender das gravíssimas acusações que sobre ele recaem. A aliança do PSDB e das oposições é com cerca de 70% da população brasileira que está percebendo que este governo não tem mais capacidade para governar, parra tomar decisões importantes para o país. O PT busca desviar o foco daquilo que é essencial, a incapacidade que esse governo vem demonstrando de continuar governando o Brasil. Não vamos cair nesta armadilha", disse o tucano.
Ou seja, para o presidente do PSDB, mesmo diante das revelações feitas pelo Ministério Público da Suíça sobre contas secretas de Cunha e mesmo após várias delações contra o presidente da Câmara, a oposição "não deve cair na armadilha" de desviar o foco, que deve continuar sendo tentar afastar Dilma Rousseff da Presidência da República, mesmo sem uma denúncia sequer contra ela que justifique o impeachment.