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Petistas pedem atos contra “retrocessos” de Cunha

"Temos que mobilizar a sociedade para evitar retrocessos no país. Os conservadores estão empenhados em aprovar temas prejudiciais", diz o deputado Jorge Solla (PT-BA), ao comentar a aprovação de propostas na Câmara que tratam, por exemplo, da demarcação de terras indígenas, do Estatuto do Desarmamento, do Estatuto da Família e do tratamento da mulher vítima de estupro; contra o último projeto, milhares de mulheres foram às ruas nos últimos dias, em várias cidades, pedir o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ); deputado Afonso Florence (PT-BA) disse que é preciso impedir os defensores das armas, "financiados por empresários do setor"; já a deputada Erika Kokay (PT-DF) definiu como "PEC da morte e do conflito" a medida que prevê mudanças na demarcação de terras indígenas

2 de Novembro de 2015 às 14:38

 

247 – Deputados petistas acreditam que a força da mobilização popular pode reverter o avanço de pautas conservadores no Congresso, consideradas por eles como um "retrocesso" para o País. Nos últimos dias, algumas matérias aprovadas na Câmara, presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), resultaram em muita polêmica e manifestações em diversas cidades brasileiras.

É o caso, por exemplo, da proposta que prevê mudanças na demarcação de terras indígenas, a revogação do Estatuto do Desarmamento, o Estatuto da Família, que prevê o reconhecimento do conceito de família como sendo exclusivamente a união entre homem e mulher, e o projeto que dificulta o tratamento da mulher vítima de estupro.

"Temos que mobilizar a sociedade para evitar retrocessos no país. Os conservadores estão empenhados em aprovar temas prejudiciais. Para barrar projetos absurdos é preciso denunciar, fazer manifestação, ir às ruas para evitar mudanças que ferem direitos", comentou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

Na última semana, milhares de mulheres foram às ruas em várias cidades do País pedir o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) após a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de autoria de Cunha que pune profissionais da saúde que realizarem atendimento às vítimas de estupro sem que elas tenham feito antes um boletim de ocorrência para comprovar o abuso sexual.

"Os protestos são uma excelente maneira de evitar retrocessos. Como um projeto pode propor punir profissionais de saúde que devem cuidar das pessoas? Essa proposta penaliza as vítimas de violência sexual ao negar acesso a pílula do dia seguinte", acrescentou Solla.

Para o deputado Afonso Florence (PT-BA), "os setores conservadores na Câmara formaram uma forte aliança. Eles articulam aprovação de pautas que estão na contramão do que o Brasil carece. Querer facilitar o acesso de armas, por exemplo, com o fraco argumento de defesa própria, é querer instituir mais mortes no país. É um absurdo!".