Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Rio Grande amarga os efeitos da Lava Jato

Rio Grande do Sul 247 – Polo Naval de Rio Grande (RS). Galpões construídos à beira da Lagoa dos Patos, estão praticamente abandonados. Numa área equivalente a 56 campos de futebol, o mato e a ferrugem começam a esconder parte de um passado recente de grandes construções no município do Sudeste gaúcho, a 317 quilômetros de Porto Alegre.

O polo empregava 24 mil trabalhadores em 2013, ano do auge das construções. Segundo o prefeito de Rio Grande, Alexandre Duarte Lindenmeyer, com o aumento da renda, a economia da cidade passou a crescer a uma taxa de 20% ao ano. “A partir de 2007, o orçamento da prefeitura triplicou, colocando o município como o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) do Estado”, disse ao Estadão.

Criado em 2005, o QGI – da Queiroz Galvão e Iesa – foi o primeiro a construir plataformas em Rio Grande. Depois vieram Estaleiros do Brasil, da Toyo Setal; e Rio Grande, da Ecovix (braço naval da Engevix). Naquele ano, o cenário de investimento crescente da Petrobrás prometia encomendas, pelo menos, para os próximos 20 anos.

Mas a Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo políticos, empreiteiras e a Petrobrás, atingiu em cheio os negócios da cidade. Com o envolvimento dos sócios dos estaleiros no escândalo, prisão dos executivos e proibição de novos contratos das empresas com a estatal, projetos foram interrompidos, e, como consequência, aumentou o desemprego.

“Os 20 anos se transformaram num fim de semana”, afirma o presidente da Câmara de Comércio da Cidade de Rio Grande, Torquato Ribeiro Pontes Netto. Dos 24 mil trabalhadores de 2013, restaram cerca de 9 mil, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas de Rio Grande, Benito de Oliveira Gonçalves. 

Leia mais aqui