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PMDB quer ser alternativa à polarização PT-PSDB

Cada vez mais distante da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer preside o encontro nacional do PMDB nesta terça-feira, 17, que discutirá posição do partido como alternativa à disputa pela Presidência da República, protagonizada nos últimos pleitos por PT e PSDB; militantes e dirigentes do PMDB reúnem-se em Brasília para debater o programa de Governo do partido, que traz várias críticas à política econômica do governo Dilma; tido como "eterno governista", com 84 das 594 cadeiras no Congresso, governadores ou vice em 11 Estados e um quinto das prefeituras do País, o PMDB tenta se firmar como possibilidade para 2018

16 de Novembro de 2015 às 10:10

 

247 – 21 anos após lançar seu último candidato presidencial, o PMDB se prepara para discutir os rumos do partido e fortalecer a ideia de ter candidatura própria para 2018.

Com a presença do vice-presidente Michel Temer e das principais lideranças do partido, o PMDB realiza nesta terça-feira, 17, em Brasília, o primeiro ato de uma série para debater o programa de Governo do partido, mudanças no seu estatuto e iniciar o treinamento dos candidatos às eleições municipais do ano que vem.

Durante o encontro, o partido vai discutir o documento intitulado "Uma ponte para o futuro", em que tece críticas à política econômica e fiscal, cobra a execução de um orçamento mais realista e mudanças polêmicas, como o fim da política de aumentos no salário mínimo e a vinculação de receitas em áreas como a Saúde e Educação. 

Segundo reportagem do El País, apesar da expectativa sobre o evento da próxima terça-feira, nenhuma definição deve sair dele por conta de seu critério informal e por se tratar de um encontro promovido pela Fundação Ulysses Guimarães, um braço do partido. As decisões peemedebistas ocorrem apenas durante reuniões da Executiva Nacional e nas Convenções. As próximas estão previstas para março de 2016.

Mesmo assim, espera-se que surjam diversas críticas à aliança com o PT, tornando-se, portanto, um filtro capaz de mensurar o tamanho do apoio que Dilma Rousseff ainda tem dentro de seu principal aliado. Ao menos 10 dos 49 políticos investigados pela operação Lava Jato são filiados à sigla. Todos são suspeitos de terem se beneficiado do esquema que desviou ao menos 6 bilhões de reais da Petrobras por meio de pagamento de propinas por partes de empreiteiras. Entre eles estão Cunha e o presidente do Senado, Renan Calheiros. Nenhum dos dez suspeitos, porém, passou por qualquer investigação interna no PMDB.