Acordo de Paris é assinado por 195 países
As nações vão ter que organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5°C até 2100
No último sábado, 12, foi apresentado o documento histórico da 21° Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas. O “Acordo de Paris”, assinado por 195 países, é o primeiro marco jurídico universal de luta contra o aquecimento global. As nações vão ter que organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5°C até 2100.
“Pela primeira vez, cada país do mundo se compromete a reduzir as emissões, fortalecer a resiliência e se unir em uma causa comum para combater a mudança climática. O que já foi impensável, se tornou um caminho sem volta”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
Além disso, o acordo confirma que países ricos vão se comprometer com o desembolso de pelo menos US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para projetos de redução de emissões nos emergentes.
Apesar de o acordo não ter o caráter legal para todas as metas, como queria a maioria, inclusive o Brasil, ele indica de maneira clara os compromissos voluntários que os países, segundo as suas próprias leis, vão ter que atingir.
“O documento não salvou o planeta, mas salvou as chances para salvarmos. Mas o poder da indústria dos combustíveis fósseis está refletido no texto, que estende o período de transição de tal forma que danos sem fim serão causados ao clima. Já que o ritmo é a questão crucial agora, precisamos redobrar esforços para enfraquecer a indústria”, disse cofundador da ONG 350.org, Bill McKibben.(ON)