28 de dezembro de 2015 23:40
No dia em que partidos de oposição anunciaram a existência de gravações que apontariam que Mario Jardel (PSD) teria negociado seu voto em aprovação de projetos de interesse do Executivo, o deputado usou a tribuna da Assembleia para se defender.
Durante a polêmica sessão da tarde desta segunda-feira (28), para votar projetos relativos à sexta fase do ajuste fiscal do governo do Estado, o parlamentar disse ser vítima de acusações mentirosas e afirmou ser favorável a uma CPI para provar sua inocência. “Lamento ter sido envolvido em uma trama que visa difamar a minha pessoa. Não posso ser condenado pela conduta de outras pessoas. Sempre votei e votarei com a minha convicção para atender às necessidades do povo gaúcho. Sou o maior interessado em esclarecer essa situação”, disse Jardel.
No final da manhã desta segunda-feira, durante entrevista coletiva, partidos de oposição anunciaram a existência de gravações que apontariam que Jardel teria negociado seu voto em aprovação de projetos de interesse do Executivo gaúcho em troca de cargos. De acordo com o presidente da comissão de Ética da Assembleia, deputado Juliano Roso (PCdoB), “em parte dos áudios transcritos, o Ministério Público (MP) atesta que em tese existia uma negociação do parlamentar com o governo em troca do recebimento de dez cargos. Em especial, o recebimento de cargos em troca do voto para a redução do teto das RPVS”.
Segundo Roso, a documentação foi obtida após ele solicitar ao MP o procedimento investigatório completo e receber um DVD que contém 1.318 páginas. Como parte das transcrições não ficava clara, o parlamentar fez nova solicitação e recebeu quatro DVDs, também já analisados.
O Sul///