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Pesquisas levam Aécio a, agora, posar de estadista

Depois de ser o líder de uma oposição carbonária em 2015, disposta a incendiar o País para promover um impeachment, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) trocará o figurino em 2016, assumindo um papel de estadista preocupado com os rumos da economia; a mudança é fruto de pesquisas qualitativas que mostram como Aécio vinha sendo percebido pela população como um político oportunista e que apostava no ‘quanto pior, melhor’; nova estratégia de Aécio, retratada em reportagem desta terça-feira do jornal Estado de S. Paulo, foi mal recebida pela oposição que ainda sonha com o golpe

16 de Fevereiro de 2016 às 07:44

 

Minas 247 – O senador Aécio Neves (PSDB-MG) decidiu vestir um novo figurino em 2016. Depois de ser, em 2015, o líder de uma oposição carbonária, disposta a sacrificar a estabilidade fiscal com apoio a pautas-bomba, para tentar aprovar um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ele agora pretende posar de estadista.

É o que aponta reportagem dos jornalistas Ricardo Brito e Igor Gadelha, publicada nesta terça-feira. Aécio decidiu mudar porque pesquisas qualitativas demonstraram que ele vinha sendo percebido pela população como uma político oportunista, que apostava no ‘quanto pior, melhor’ para atingir seus objetivos.

"O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), decidiu rever sua estratégia de atuação política no Congresso e adotará este ano uma linha mais propositiva em relação a 2015, quando se empenhou durante praticamente o ano inteiro no afastamento da presidente Dilma Rousseff. O tucano apresentará ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), uma agenda mínima de votações de interesse do partido na Casa", diz a reportagem.

A agenda de Aécio incluiu temas como a reforma da Previdência e a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras. Ele e o PSDB, no entanto, não pretendem apoiar a criação de novos impostos ou a volta da CPMF.

Pesquisas internas contratadas pelo PSDB mostraram resultados muito ruins para o líder tucano. "A mudança de atuação do tucano, o maior representante da oposição no Legislativo, decorre de uma série de avaliações feitas por aliados e assessores próximos. Desde o segundo semestre do ano passado, pesquisas mostraram uma queda das intenções de voto em Aécio em simulações de corrida presidencial e ainda um aumento de rejeição", diz o texto dos jornalistas.

"Levantamentos qualitativos internos identificaram Aécio como um senador que não propunha saídas para superar a crise. As sondagens também mostraram uma corrosão na imagem do PSDB pelo apoio às pautas-bomba. Uma delas foi o aval maciço da legenda à tentativa de derrubar, em setembro, o fator previdenciário, regra de aposentadoria instituída no governo Fernando Henrique, em 1999, para diminuir o déficit da Previdência Social."

Oposição dividida

O problema de Aécio, agora, será administrar seus aliados que ainda sonham com o golpe. Não quero fazer discurso de bom moço, porque o PT, o Lula e a Dilma não são bons moços", disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM). Outro que se revoltou foi Paulinho da Força. "É um erro falar que vai apoiar reformas que tiram direito do trabalhador, principalmente a da Previdência", afirmou. "Com essa postura, não tem como trabalharmos juntos", afirmou.