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Dutra critica PT e quer que partido saia dessa “inhaca”

Ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro do governo Lula, Olívio Dutra, criticou os rumos tomados pelo partido; "Eu acho que o PT está envolvido num espaço de atuação em que perdeu a sua identidade e se misturou com a política mais tradicional"; Dutra pede que Lula se explique e diz torcer para partido sair da fase ruim; "O Lula não tem nada de ingênuo. É uma grande figura, de sensibilidade, com capacidade de prever as coisas, de ver longe. Agora, cabe a ele explicar, com toda a franqueza";"Hoje eu sou oposição à direção nacional, mas eu sou PT e quero que o meu partido saia dessa inhaca em que se meteu por essa política do pragmatismo", destacou.

 

Rio Grande do Sul 247 – Um dos fundadores do PT, ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro do governo Lula, Olívio Dutra, criticou os rumos tomados pelo partido. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Dutra diz que o pragmatismo político e a governabilidade a qualquer custo colocaram o PT em maus lençóis.

Olívio Dutra defende que o ex-presidente Lula esclareça tudo e torcer para o que PT saia da "inhaca" em que se meteu. "Hoje eu sou oposição à direção nacional, mas eu sou PT e quero que o meu partido saia dessa inhaca em que se meteu por essa política do pragmatismo e da governabilidade a qualquer custo".

"O Lula não tem nada de ingênuo. É uma grande figura, de sensibilidade, com capacidade de prever as coisas, de ver longe. Eu acho que ele abriu um guarda-chuva enorme, e debaixo desse guarda-chuva veio um amigo daqui, um amigo dali, que criam situações. Agora, cabe a ele explicar, com toda a franqueza", disse Olívio.

O ex-ministro ainda reforçou os ideais petistas. "A visão que marcou a criação do PT foi essa de que a coisa pública não é propriedade do governante, dos seus amigos, dos seus familiares, dos seus partidários. Essa visão não pode mudar assim, no bojo das situações e das circunstâncias. Isso é um ideário básico. Está nas razões da fundação do PT. São questões permanentes".

"Eu tenho essa visão crítica. Eu acho que o PT está envolvido num espaço de atuação em que perdeu a sua identidade e se misturou com a política mais tradicional. Quem mudou não foram os adversários. Nós é que mudamos – e, no meu entendimento, para pior. Há necessidade de resgatar essa discussão da política como a construção do bem comum".