Escritor e colunista Marcelo Rubens Paiva não poupou críticas à atuação da Câmara na aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff; segundo ele, o Brasil conheceu seu Congresso. "Viu nele uma religiosidade estranha à política. Viu Deputados Federais com bandeiras de seus Estados homenageando filhos, netos, tios, pais, avós, esposas. E representantes da Federação se lembrarem de suas cidades. Viu a traição de homens que até semana passada faziam parte do governo que impeachava", afirmou; Paiva lembra que que dos 513 deputados da casa, 299 têm ocorrências judiciais, 76 já foram condenados; 57 parlamentares são réus do Supremo, inclusive o que presidiu a sessão, Eduardo Cunha
18 de Abril de 2016 às 15:03
247 – O escritor e colunista Marcelo Rubens Paiva não poupou críticas à atuação da Câmara na aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Rubens Paiva, o Brasil conheceu seu Congresso. "Viu nele uma religiosidade estranha à política. Viu Deputados Federais com bandeiras de seus Estados homenageando filhos, netos, tios, pais, avós, esposas. E representantes da Federação se lembrarem de suas cidades. Viu a traição de homens que até semana passada faziam parte do governo que impeachava", afirmou.
Ele conta que dos 513 deputados da casa, 299 têm ocorrências judiciais, 76 já foram condenados; 57 parlamentares são réus do Supremo, inclusive o que presidiu a sessão, Eduardo Cunha.
"Viu aliados em anos de parceria se dizerem estranhos ao governo. Viu ministros da sexta-feira votarem contra o governo no domingo. Viu o vice-presidente, Temer, festejar e sorrir pela derrota da sua companheira de chapa. Viu um deputado carioca homenagear o maior torturador que São Paulo já conheceu. Viu um homossexual declarado ser xingado de "baitola" enquanto votava e devolver com uma cusparada.Viu Silvio Santos do SBT ignorar a sessão, apresentar seu show de calouros e derrubar a audiência da Record, emissora que a transmitiu", elencou.
Leia na íntegra a coluna de Marcelo Rubens Paiva.