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Cerveró relata pressão do PMDB e intervenção de Cunha em propina

Em seu primeiro depoimento no acordo de delação premiada, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró confirmou a acusação de envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no pagamento de propina da Samsung pela construção de duas sondas, a Petrobras 10000 e a Vitória 10000: "Na segunda sonda, a Samsung aumentou a propina para R$ 20 milhões de dólares, propina essa que não foi paga. Finalmente, só depois de vários anos é que o Fernando Soares conseguiu, através de um apoio do deputado Eduardo Cunha receber parte da propina devida", disse ele ao juíz Sérgio Moro; ele também afirmouque foi pressionado pelo ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau a quitar uma dívida de campanha do PMDB, em 2006, de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões, antes de ficar responsável por um contrato para o Grupo Schahin para pagar outra dívida de campanhas do PT de R$ 50 milhões

 

19 de Abril de 2016 às 06:08

247 – Em seu primeiro depoimento no acordo de delação premiada, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró confirmou a acusação de envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no pagamento de propina na contratação de navios-sonda da estatal.

Cerveró cita a intervenção de Cunha para que parte de uma propina de R$ 20 milhões da Samsung fosse paga aos participantes do esquema de corrupção na estatal, devido à construção de duas sondas, a Petrobras 10000 e a Vitória 10000.

O acordo em relação à segunda sonda não teria sido cumprido, o que teria levado à participação de Eduardo Cunha, segundo o ex-diretor.

"Na segunda sonda, a Samsung aumentou a propina para R$ 20 milhões de dólares, propina essa que não foi paga. Finalmente, só depois de vários anos é que o Fernando Soares conseguiu, através de um apoio do deputado Eduardo Cunha receber parte da propina devida", disse ao juíz Sérgio Moro.

Ele também afirmou à Justiça Federal que foi pressionado pelo ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau a quitar uma dívida de campanha do PMDB , em 2006, de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões, antes de ficar responsável pelo direcionamento de um contrato para o Grupo Schahin para pagar outra dívida de campanhas do PT de R$ 50 milhões.

“Existe uma pendência de R$ 50 milhões decorrente da campanha na qual vocês tem que liquidar essa pendência e nós podemos então tratar da Schahin como contratada da operação dessa segunda sonda”, afirmou Cerveró para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em primeiro grau.

Leia aqui na reportagem de Ricardo Brandt.