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Ministros acertam demissão após impeachment de Dilma

Ministros acertam demissão após impeachment de Dilma

 
Todos os integrantes do primeiro escalão do governo da presidente Dilma Rousseff vão pedir demissão, assim que houver a decisão do plenário do Senado sobre o processo de impeachment contra ela, considerado irreversível.
 
As exceções serão o presidente do Banco Central (que tem status de ministro), Alexandre Tombini, e do interino dos Esportes, Ricardo Laser.
Dilma assinará as demissões assim que for notificada pelo Senado, o que está previsto para acontecer nesta quinta-feira (12), caso seja aprovado o seu afastamento. Uma edição extra do Diário Oficial será publicada com as demissões.
 
A decisão foi discutida durante a reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (11), no Palácio do Planalto, sob o comando dos ministros do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. A equipe da presidente não irá fazer transição para o vice-presidente Michel Temer.
A ordem de Dilma, que não participou da reunião e permaneceu no Palácio da Alvorada, é de manter Tombini para evitar qualquer tipo de turbulência econômica, para evitar mais problemas nesta área. Da mesma forma, o ministro dos Esportes interino fica no cargo, pelo menos por enquanto, por conta da realização das Olimpíadas.
O Diário Oficial da União extra vai publicar ainda a demissão dos secretários executivos das pastas, mas em alguns casos, como o da Fazenda, eles permanecem em seus postos, também com objetivo de manter estabilidade do mercado.
 
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, foi quem sugeriu, que algumas pessoas fossem mantidas estrategicamente nos cargos em razão de suas funções, muito específicas. É o caso do Secretário-Geral do Ministério da Defesa, que é um caso especial. Em cada ministério será mantido um funcionário para repassar informações técnicas e administrativas à equipe de Temer, mas não necessariamente será o secretário-executivo.
Dilma não fará transição por considerar que é vítima de um golpe. Mas todas as informações técnicas e administrativas estão sendo preparadas para serem repassadas, para evitar que o governo petista seja acusado de que esteja fazendo boicote.
 
Todos os ministros e secretários foram a orientados a deixar seus telefones e contatos atualizados no Planalto. Novas instruções serão repassadas aos ministros na quinta-feira. Também no mesmo dia, caso a presidente seja afastada, ela vai fazer uma declaração à imprensa, não se sabe ainda a que horas. Neste momento, a ideia é que todos os ministros de seu governo a acompanhem nesta declaração.
 
Estadão/JC