Manifestantes contra Temer se reúnem no Centro do Rio de Janeiro
Os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) participam do ato
Integrantes de movimentos sociais e sindicais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União da Juventude Socialistas (UJS), se reuniram para uma manifestação contra o governo do presidente em exercício Michel Temer, nas imediações da igreja da Candelária, no Centro do Rio. Os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também estão no ato.
Os manifestantes ainda estão concentrados na praça em frente à Candelária, mas sairão em marcha até o Palácio Capanema, sede do Ministério da Educação e de órgão do Ministério da Cultura no Rio, onde artistas e ativistas do setor cultural fazem uma ocupação.
Segundo Vitor Guimarães, coordenador do MTST no Rio e integrante da frente Povo Sem Medo, que reúne cerca de 30 movimentos sociais, há mobilizações também em São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais. "Em uma semana, eles (o governo Temer) foram capazes de retroceder 30 anos em direitos civis", afirmou Guimarães, na concentração do protesto.
No Rio, os organizadores do ato pretendiam protestar no mesmo dia da inauguração do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), construído como parte do projeto de revitalização da zona portuária – mas o evento foi adiado pela Prefeitura.
Em discurso, o deputado Alencar disse que a sigla do VLT deveria ser lido ao contrário: "trabalhador na luta vence". "Fora, Temer, farsante e golpista", disse Alencar ao microfone do carro de som contratado pelos organizadores do ato. Tanto Alencar quanto Jandira foram aplaudidos pelos manifestantes ao terem seus nomes anunciados.
Para evitar manifestação, Temer deixa SP e volta para Brasília
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto protestam contra o governo do presidente em exercício
Para evitar uma manifestação contra ele marcada para esse domingo em São Paulo, o presidente em exercício, Michel Temer, deixou sua residência, em Pinheiros, e foi para Brasília.
Centenas de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto estão reunidos neste domingo no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, de onde partirão em marcha até a casa de Temer.
"O nosso objetivo chegar na casa dele. Acho curioso invocarem a segurança nacional para barrar os manifestantes. Fazia tempo que isso não acontecia", disse Guilherme Boulos, líder do MTST e um dos coordenadores da frente Povo Sem Medo.
Um dos motivos do protesto, segundo ele, foi a decisão do governo interino de suspender novas contratações do programa Minha Casa, Minha Vida.
"A primeira vítima desse governo, que nós não reconhecemos como legítimo, é o Minha Casa, Minha Vida. Cortaram 11.200 unidades contratadas e anunciaram a suspensão do programa", disse Boulos.
Na opinião do ativista, o governo Temer mostrou "despreparo". "O ministro das Cidades anunciou a suspensão, voltou atrás e depois veio o Geddel (Vieira Lima) e confirmou de novo", afirmou.
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse na sexta-feira que as contratações de novas unidades do programa Minha Casa Minha Vida estão suspensas para que o governo do presidente em exercício Michel Temer faça uma análise sobre o programa de habitação popular.
A equipe de segurança de Temer determinou o fechamento do acesso das ruas próximas a casa dele, no Alto de Pinheiros.
Os moradores da região que tentavam passar região eram informados que se tratava de um "perímetro de segurança nacional".