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Principal alvo da nova fase da Lava Jato é Genu, ex-tesoureiro do P

Ex-deputado federal José Janene e tesoureiro informal do PP, João Cláudio Genu foi alvo de um mandado de prisão preventiva na 29ª fase da operação Lava Jato, nesta segunda-feira; no total, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois de prisão temporária em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro, na ação batizada de "Repescagem"; os mandados de prisão temporária são contra Lucas Amorim e Humberto do Amaral Carrilho; em delação, o doleiro Alberto Youssef disse que João Claudio Genu operava uma "pequena parte" do esquema do petrolão, por meio de um broker de Niterói; na divisão dos valores recebidos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, ele ficava com 5% dos valores, Paulo Roberto Costa ficava com 30%, 5% iam para Genu e outros 60% para o PP; R$ 13 milhões foram entregues ao PP, a Genu e a Paulo Roberto Costa entre 2010 e 2011

23 de Maio de 2016 às 07:17

247 – O ex-assessor parlamentar João Cláudio Genú foi alvo de um mandado de prisão preventiva na 29ª fase da operação Lava Jato, nesta segunda-feira. No total, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois de prisão temporária em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro, na ação batizada de "Repescagem". Os mandados de prisão temporária são contra Lucas Amorim e Humberto do Amaral Carrilho.

O doleiro Alberto Youssef disse que João Claudio Genu operava uma "pequena parte" do esquema do petrolão, por meio de um broker de Niterói; disse também que, na divisão dos valores recebidos na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, ele ficava com 5% dos valores, Paulo Roberto Costa ficava com 30%, 5% iam para Genu e outros 60% para o PP; R$ 13 milhões foram entregues ao PP, a Genu e a Paulo Roberto Costa entre 2010 e 2011.

Leia abaixo a reportagem da Agência Brasil sobre o assunto: 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (23) a 29ª fase da Lava Jato, Operação Repescagem, que cumpre seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba em investigação de crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo verbas desviadas da Petrobras.

Um dos investigados, João Cláudio Genu, foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro informal do PP. Genu foi, juntamente com Janene, denunciado na Ação Penal 470, do Supremo Tribunal Federal – conhecida como Mensalão – acusado de sacar cerca de R$ 1,1 milhão em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação, controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para repassar a parlamentares federais do Partido Progressista.

À época do Mensalão, Genu foi condenado pelo STF por corrupção e lavagem de dinheiro, mas houve prescrição quanto ao crime de corrupção e, quanto ao crime de lavagem de dinheiro, ele foi posteriormente absolvido no julgamento de vários embargos infringentes.

De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações da Lava Jato, surgiram indícios da participação de Genu também no esquema de corrupção envolvendo contratos com a Petrobras. As investigações indicam que ele continuou recebendo repasses mensais de propina, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado. Os repasses ocorreream, no mínimo, até 2013.

A 29ª fase da Lava Jato foi batizada de Repescagem justamente porque o principal investigado já foi condenado na ação do Mensalão. Os presos e o material apreendido serão levados ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba.