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Renan se desculpa com Aécio e diz que opinião sobre delação é pública

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota afirmando que o teor da conversa que teve com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é público e já havia sido dito por ele em diversas ocasiões; no diálogo vazado à imprensa, Renan pede mudanças na lei de delação premiada; na nota, o senador também pediu desculpas ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), por ter se expressado "inadequadamente"; no texto, Renan não faz nenhuma menção aos trechos em que cita a presidente afastada Dilma Rousseff

25 de Maio de 2016 às 10:15

247 – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou uma nota em que afirma que o teor da conversa que teve com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é público e já havia sido dito por ele em diversas ocasiões. No diálogo vazado à imprensa, Renan pede mudanças na lei de delação premiada. Na nota, o senador também pediu desculpas ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), por ter se expressado "inadequadamente".

Na gravação, ele diz que os políticos estão "com medo" dos desdobramentos da Operação Lava Jato e diz que o que o tucano o procurou para que verificasse se ainda havia informações sobre ele na delação feita pelo ex-senador Delcídio Amaral. Na nota, porém, Renan não faz nenhuma menção aos trechos em que cita a presidente afastada Dilma Rousseff.

No áudio, Renan sugere uma "negociação" com o Supremo Tribunal Federal (SF) para realizar uma "transição" para Dilma Rousseff, uma vez que os ministro da Corte não negociavam com o governo porque estavam "putos" com ela. Ele diz, ainda, que o seu primeiro plano para resolver a crise política do Brasil era adoção de um sistema semiparlamentarista. O impeachment seria sua segunda alternativa.

Confira a íntegra da nota divulgada por Renan:

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tem por hábito receber todos aqueles que o procuram. Nas conversas que mantém, habitualmente, defende com frequência pontos de vista e impressões sobre o quadro. Todos os pontos de vista, evidentemente, dentro da Lei e da Constituição Federal.

Todas as opiniões do senador foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo, agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias sobre delações de empreiteiras foram, fartamente, veiculadas. A defesa pública de uma solução parlamentarista também foi registrada em vários artigos e colunas e o próprio STF pautou o julgamento do tema. O Senado, inclusive, pediu sua retirada da pauta.

Em relação ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o senador Renan Calheiros se desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação – e não medo – com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral.

Os diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações.