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Governo cria grupo de trabalho para implementar plano de saúde popular

O objetivo do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, é tirar recursos do SUS e ajudar a engordar os cofres das empresas de planos de saúde.

 

O plano de saúde “acessível” que o governo interino quer criar é um meio para fazer a população pagar por serviços que deveriam ser (e hoje são) oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. Foi publicada no Diário Oficial uma portaria que cria um grupo de trabalho para construir a proposta, que vai quebrar com o princípio da gratuidade da saúde, que está na Constituição e é direito de todo brasileiro.

À primeira vista, alguém poderia achar que é uma boa ideia ter planos mais baratos. Mas não é. Eles vão ter uma regulamentação diferente da dos outros planos e vão deixar o usuário na mão quando ele mais precisar. A cobertura é muito reduzida, fazendo com que o atendimento seja apenas de baixa complexidade. Faz o cidadão pagar por um atendimento ruim em vez de garantir que ele tenha o atendimento de qualidade de forma gratuita pelo SUS.

O objetivo do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, é tirar recursos do SUS e ajudar a engordar os cofres das empresas de planos de saúde. Isso fica evidente quando diz que a proposta vai ser construída junto com o mercado, não com representantes da sociedade. Os planos populares não visam melhorar o atendimento de saúde, mas garantir o lucro das empresas, que, aliás, financiaram a campanha a deputado do ministro.

A segmentação de planos é boa para o bolso dos planos e péssima para a saúde das pessoas.

A saúde deixa de ser direito e vira mercadoria.

Publicado em 5 de agosto de 2016

 

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