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Fogo amigo enfraquece o governo interino

Tucanos se deram conta de que o ministro Henrique Meirelles tem mais credibilidade junto ao chamado "mercado" do que eles próprios e foram ao interino Michel Temer pedir que ele impeça que o ministro da Fazenda seja candidato em 2018; "Deixa o Meirelles cuidando da economia e deixa o núcleo político cuidando da política", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG); projeto original dos tucanos previa três etapas: o golpe parlamentar de 2016, o "trabalho sujo" na economia feito por Temer e, em seguida, a entrega do poder a eles próprios em 2018, mas o script dificilmente será cumprido, até porque os três presidenciáveis do PSDB, Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, deverão aparecer nas delações dos empreiteiros – ao contrário de Meirelles

19 de Agosto de 2016 às 08:03 //

247 – Uma reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira informa que os principais líderes do PSDB foram ao interino Michel Temer pedir que ele impeça uma eventual candidatura presidencial de Henrique Meirelles, em 2018.

"O ministro Meirelles tem todo nosso apoio e simpatia. Mas deixa o Meirelles cuidando da economia e deixa o núcleo político cuidando da política, sem deixar 2018 contaminar o ajuste que tem que ser feito", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Na prática, os tucanos se deram conta de que Meirelles tem mais credibilidade junto ao chamado "mercado" do que eles próprios. Até porque foram os tucanos, com a sabotagem política imposta a Dilma, a conspiração golpista e o apoio às chamadas pautas-bomba que contribuíram decisivamente para a atual crise fiscal. 

O projeto original dos tucanos, idealizado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, previa três etapas: o golpe parlamentar de 2016, o "trabalho sujo" na economia feito por Temer e, em seguida, a entrega do poder a eles próprios em 2018.

O script dificilmente será cumprido, até porque os três presidenciáveis do PSDB, Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, deverão aparecer nas delações dos empreiteiros – ao contrário de Meirelles.

Aécio já foi citado por Sergio Machado como "o primeiro a ser comido" e também na pré-delação de Léo Pinheiro, da OAS, como beneficiário de propinas na Cidade Administrativa. José Serra, Geraldo Alckmin e o próprio Temer estão nos depoimentos iniciais da Odebrecht – o caso mais grave é o de Serra com seus R$ 23 milhões pagos no exterior.

Isso ajuda a entender por que o mercado prefere Meirelles aos três tucanos.