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DCM: Temer mordeu o cachorro na Rio 2016 e a imprensa não viu

A maneira como foi tratado o comportamento do presidente interino, Michel Temer, na Olimpíada foi um caso exemplar de "jornalismo de guerra", denuncia Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo; "Não houve um único editorial que analisasse a fuga de Temer", diz ele, sobre a ausência do peemedebista na cerimônia de encerramento; "Um silêncio intransponível, como se fosse um tema de uma banalidade avassaladora"

23 de Agosto de 2016 às 08:47 /

 

247 – O chamado "jornalismo de guerra" – expressão que pode ser aplicada no Brasil para definir a caçada da mídia contra Lula, Dilma e o PT – teve um "caso notável" durante a Olimpíada, aponta o jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo: "a maneira como foi tratado o comportamento de Temer".

"Não houve um único editorial que analisasse a fuga de Temer. Não estou dizendo um editorial que criticasse: que simplesmente analisasse. Podia ser até um texto que apoiasse e justificasse. Mas não. Um silêncio intransponível, como se fosse um tema de uma banalidade avassaladora", diz ele, sobre a ausência do presidente interino na cerimônia de encerramento da Rio 2016.

"É uma anomalia, é uma aberração um chefe de governo não passar na cerimônia de encerramento a tocha a seu par do país que receberá os próximos jogos. É uma quebra de protocolo de proporções ancestrais e planetárias", acrescenta Nogueira, lembrando que é possível "ver o tamanho da importância deste ritual pela forma como o Japão recebeu a tocha. No Maracanã estava o primeiro ministro Shinzo Abe, vestido do heroi de videogames Mario, uma criação japonesa".

"E Temer, onde estava? Desaparecido", continua. "O sumiço de Temer foi um episódio absolutamente insólito. Você conhece a definição do que é notícia e do que não é. Notícia é quando um homem morde um cachorro. Quando um cachorro morde um homem, não é notícia. Pois Temer mordeu o cachorro. E o jornalismo de guerra fingiu não ter visto", conclui.

Leia aqui sua coluna.