Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Semana Farroupilha/2016 – “República das Carretas”

Domingos José de Almeida e a República das Carretas

Nos anos que ocupou os ministérios da Fazenda e do Interior, Almeida preocupou-se em organizar as finanças e a estrutura da República Rio-grandense.



No dia 12 de novembro de 1836 em um decreto assinado pelo Presidente Interino, Gomes Jardim, foi criada a bandeira farroupilha. A moeda utilizada era a mesma do império, divididas ao meio e cunhada com um novo valor, determinado pela República. Os habitantes de outras províncias eram tratados como estrangeiros, podendo transitar pelo território rio-grandense, quem tivesse passaporte fornecido pela República. O Ministério da fazenda organizou a cobrança de impostos e taxas e também a administração das fazendas expropriadas. Sua organização metódica e habilidade em administrar os poucos recursos deram segurança e condições para que o presidente Bento Gonçalves e seus generais se dedicassem à guerra.



Domingos José de Almeida era mineiro, charqueador, que levava tropas de mulas do sul para vender em São Paulo, homem culto, fixou residência em Pelotas. Empresário bem sucedido, tornou-se um dos homens mais ricos do Rio Grande e possuiu um dos maiores acervos bibliográficos da província. Era proprietário de uma charqueada e de uma empresa naval de transporte.  Incentivou a industrialização e a busca de novas alternativas, como a exploração da erva-mate na serra do Herval.



Em 1840 determinou a criação de uma planta para uma nova povoação na fronteira com a Argentina, que mais tarde veio a se tornar Uruguaiana. O objetivo era estabelecer uma vila de apoio ao comércio com Bueno Aires, já que as forças imperiais haviam tomado Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre.



Toda vez que as capitais farrapas mudavam de lugar, lá ia o Ministro Almeida com suas carroças abarrotadas de documentos oficiais, foi o tempo da “República andarilha”.

Por blog do Rogério Bastos – Fonte: Os Farroupilhas e suas façanhas

 

Hábitos e costumes gauchescos:

O chimarrão tomando conta do cotidiano

O chimarrão ou mate é dos hábitos mais enraizados na cultura do gaúcho. Herança dos povos indígenas tem o nome “mate” em países de língua espanhola e “chimarrão” no Brasil. Embora seja um termo oriundo do castelhano “cimarrón”, que designa o gado domesticado que retornou ao estado selvagem, no Rio Grande do Sul o chimarrão é o símbolo da hospitalidade e do aconchego. Ele é sorvido sozinho ou numa roda de amigos, sendo opção do gaúcho em qualquer estação do ano.(Foto:Divulgação)
O charque como alimento
No século dezoito, o Rio Grande do Sul era importante polo pecuarista. Um dos produtos em destaque era o charque – corte exclusivamente bovino, geralmente do dianteiro que era salgada e exposta ao sol. Por ser durável, o mercado interno era abastecido com este alimento, sendo transportado no lombo de mulas para o centro do país. O charque rio-grandense foi um dos motivos da Revolução Farroupilha, pois sofria pesados impostos por parte do governo imperial e também competia diretamente com o produto importado da Argentina e do Uruguai. Hoje, o charque rio-grandense é exportado e também matéria prima de um dos pratos prediletos dos gaúchos: o arroz de carreteiro.

As causas da Revolução Farroupilha

Após a independência do Brasil, o governo imperial enfrentou uma série de revoltas, a mais longa foi a Revolução Farroupilha, que durou dez anos. Nesse período, a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul se tornou uma República. Essa revolução épica aconteceu entre 1835 e 1845, e a causa da guerra foi econômica. O Império penalizava com altos impostos o produto básico da economia gaúcha: o charque, que abastecia o mercado interno. E ainda facilitava entrada do charque uruguaio e argentino no solo brasileiro. Acompanhe aqui diariamente as históricas façanhas da Revolução Farroupilha.(Foto:Divulgação)
 
 

A República das Carretas – Barbosa Lessa

A Guerra dos Farrapos aconteceu entre 1835 e 1845. Tendo à frente o General Bento Gonçalves da Silva, reuniu uma plêiade de heróis  como poucos já se viu: Davi Canabarro, Antonio de Souza Neto, Giuseppe e Anita Garibaldi, buscando a emancipação da província contra um Brasil cujo império intervinha de forma a comprometer gravemente a política econômica do Rio Grande do Sul.

Em 1836 implantou-se, na serra do Sudoeste, na cidade de Piratini (que tinha na época em torno de 1.000 habitantes), a capital da República Rio-grandense.  O livro “República das Carretas”, de Barbosa Lessa, flagra que a verdadeira capital em certo momento teve de sair de sua seara nada fortalecida e postar-se em carretas, atravessando campos, cidades, comandadas pelo ministro da Fazenda e Interior Domingos José de Almeida – um herói cujas armas eram documentos, saber administrar, providenciar recursos para os rebeldes, e sofrer de saudades a distância da família, ou seja, um herói autenticamente moderno.

Fonte: MTG-RS