O Brasil de Michel Temer tem uma participação encolhida e de pouca relevância no Fórum Econômico Mundial, que reúne uma boa parte da elite econômica do planeta nesta semana em Davos, na Suíça; ao contrário de anos anteriores, quando foi protagonista nos diálogos e assumiu papel de liderança entre os emergentes, o País dessa vez ficou de fora das principais discussões e foi reduzido até entre as nações em desenvolvimento; em discussão sobre as previsões para o sistema bancário, nenhum banqueiro brasileiro estava participante; em um painel sobre as previsões para o G20, a Argentina foi convidada, não o Brasil; nem a presença de três ministros da área econômica —Henrique Meirelles (Fazenda), Marcos Pereira (Desenvolvimento) e Fernando Coelho (Minas e Energia) —, conseguiu impedir que o país fosse relegado a discussões secundárias
18 DE JANEIRO DE 2017 ÀS 05:07 //
247 – O Brasil de Michel Temer tem uma participação encolhida e de pouca relevância no Fórum Econômico Mundial, que reúne uma boa parte da elite econômica mundial nesta semana em Davos, na Suíça. Ao contrário de anos anteriores, quando foi protagonista nos diálogos e assumiu papel de liderança entre os emergentes, o País dessa vez ficou de fora das principais discussões e foi reduzido até nas decisões tomadas entre as nações em desenvolvimento. Nem a presença de três ministros da área econômica —Henrique Meirelles (Fazenda), Marcos Pereira (Desenvolvimento) e Fernando Coelho (Minas e Energia) —, conseguiu impedir que o país fosse relegado a discussões secundárias.
As informações são da enviada especial a Davos Ana Clara Costa na revista Época.
"No debate sobre política monetária e o papel dos bancos centrais, conduzido pelo editor-chefe do Wall Street Journal, Gerard Baker, e que teve entre seus painelistas um banqueiro do UBS, um membro do gabinete de transição de Donald Trump e um chefe da autoridade monetária da Suíça, não havia o Brasil, como em anos passados. Para outra discussão sobre as previsões para o sistema bancário, nenhum banqueiro brasileiro estava entre os participantes. Em um painel sobre as previsões para o G20, a Argentina foi convidada, não o Brasil. Para falar sobre crescimento com inclusão, estava um representante do governo canadense. O ministro Henrique Meirelles e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foram convidados para falar em apenas um painel cada. Meirelles, em uma discussão sobre o novo capitalismo. Já Goldfajn fará uma apresentação sobre as previsões para a América Latina. Em 2015, o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, era um dos painelistas da principal palestra do Fórum, que ocorre anualmente no último dia de evento: o debate sobre as perspectivas para a economia global.