Depois de o governador José Ivo Sartori (PMDB) nomear a primeira-dama Maria Helena Sartori (PMDB) para a pasta do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, o presidente do PSB gaúcho, Beto Albuquerque, e a bancada de deputados estaduais assinaram uma nota criticando a nomeação da primeira-dama para a secretaria.
O secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo (PMDB), assumiu a tarefa de apagar o incêndio. Na última reforma administrativa, aprovada no final do ano passado, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – comandada pelo PSB – foi fundida com a de Justiça e Direitos Humanos – comandada por Maria Helena. Ex-secretário do Trabalho, Catarina Paladini (PSB) reassumiu uma vaga na Assembleia Legislativa antes da fusão. "Se tivesse ficado, teria assumido a pasta. Mas tenho certeza que o governo vai reconhecer a importância do PSB na gestão. Creio que isso deve se resolver ao longo da semana", garantiu o parlamentar – que deve assumir a liderança da bancada neste ano.
Em nota, Búrigo disse que o partido é de "extrema relevância" ao governo e que pretendia dialogar para contornar o desconforto causado pela nomeação de Maria Helena. Entretanto, pelo menos até ontem, Catarina Paladini disse que não havia sido contatado por ninguém do governo sobre o tema. No ofício do PSB, os signatários sustentam que "não estão esclarecidas para a sigla as razões de interinidade adotada pelo governo na gestão da nova Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho e Justiça, recém implantada". E questionam: "Afinal, esta secretaria seguirá ou não sob a responsabilidade do PSB? O PSB seguirá integrando o governo em duas secretarias ou não?". – Jornal do Comércio