Depois de entregar de bandeja o mercado de petróleo no Brasil, a administração de Michel Temer acena a investidores estrangeiros com mais uma benesse; na surdina, um decreto presidencial editado na semana passada atualizou e ampliou lista de atividades econômicas de "alto interesse nacional", autorizando o recebimento de crédito do Tesouro Nacional, de fundos e bancos públicos por empresas de capital majoritariamente estrangeiro; às vésperas de uma temporada de privatizações e de concessões de serviços públicos, a novidade animou as companhias de fora do país
24 DE JANEIRO DE 2017 ÀS 05:27 //
247 – Depois de entregar de bandeja o mercado de petróleo no Brasil, a administração de Michel Temer acena a investidores estrangeiros com mais uma benesse. Na surdina, um decreto presidencial editado na semana passada atualizou e ampliou lista de atividades econômicas de "alto interesse nacional", autorizando o recebimento de crédito do Tesouro Nacional, de fundos e bancos públicos por empresas de capital majoritariamente estrangeiro. Às vésperas de uma temporada de privatizações e de concessões de serviços públicos, a novidade animou as companhias de fora do país.
As informações são de reportagem de Luciano Máximo do Valor.
Enquanto isso, o crédito para a indústria e empresas nacionais mingua.
"O Decreto 8.957, assinado por Temer e pelos ministros da Fazenda, Eduardo Guardia (interino), e do Planejamento, Dyogo Oliveira, tem base no artigo 39 da Lei 4.131, de 1962, que garante empréstimos públicos apenas a empresas estrangeiras que atuam em setores de "alto interesse nacional", e altera o Decreto 2.233, de 1997, que modificou a lei anterior e serviu como parâmetro para empréstimos do BNDES a grupos internacionais que participaram das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Para especialistas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é protagonista desse movimento."