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Golpe devolve 5,4 milhões de famílias para as classes D e E

As classes D e E ganharam 4,3 milhões de famílias nos últimos dois anos e voltaram a representar 56,5% do total de domicílios do país, bem acima dos 51,4% registrados em 2014, a menor proporção de mobilidade social que começou em 2003; o levantamento é da Tendências Consultoria com base na Pnad e em dados da Receita Federal; segundo a Tendências, o ciclo de mobilidade social foi interrompido em 2015 e 2016, justamente os anos em que a aliança Aécio Neves (PSDB) – Eduardo Cunha (PMDB) implodiram a governabilidade de Dilma Rousseff até a ascensão de Michel Temer, que provocou a maior depressão econômica da história do País; nesses dois anos, a classe C perdeu 670 mil integrantes, a B, 1,2 milhão – o saldo mais negativo em termos absolutos – e a A, 475 mil, retração de 17,7% sobre 2014, a maior em termos percentuais

 

30 DE JANEIRO DE 2017 ÀS 08:30 //

247 – Levantamento feito pela Tendências Consultoria com base na Pnad e em dados da Receita Federal – divulgados até 2015 e projeções para 2016 prova que golpe parlamentar produziu efeitos perversos, especialmente entre a população mais pobre. 

Segundo o estudo, divulgado pelo jornal Valor nesta segunda-feira, 30, as classes D e E ganharam 4,3 milhões de famílias nos últimos dois anos e voltaram a representar 56,5% do total de domicílios do país, nível próximo do registrado em 2011, 57,4%.

Nestes dois anos de 2015, quando a aliança entre o senador Aécio Neves (PSDB) e o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) apostaram na política do "quanto pior, melhor", e de 2016, quando o produto desta irresponsabilidade foi a ascensão de Michel Temer à presidência, a classe C perdeu 670 mil integrantes, a B, 1,2 milhão – o saldo mais negativo em termos absolutos – e a A, 475 mil, retração de 17,7% sobre 2014, a maior em termos percentuais.

O economista Adriano Pitoli, autor da análise, diz que a mobilidade social só será retomada a partir de 2018, e em ritmo mais lento do que o observado até 2013. Com a mudança da dinâmica econômica, menos atrelada ao consumo daqui para frente, ele diz, a classe C, por exemplo, deve ter evoluções modestas nos próximos dez anos.

O avanço no grupo de menor rendimento, afirma Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva, acompanha a alta do desemprego no país e revela a face mais negativa da atual recessão. "Foi quem perdeu o emprego e hoje faz muito bico, trabalho provisório".