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Mídia pró-Temer omite inquérito contra o golpe

Os veículos de comunicação que promoveram o golpe parlamentar de 2016, responsável pela maior tragédia política, econômica e social da história do Brasil, decidiram esconder de seus leitores o inquérito aberto ontem no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Luiz Fachin, em que políticos do PMDB são acusados de derrubar a presidente Dilma Rousseff com a finalidade de obstruir a Lava Jato; na Folha, a notícia mereceu apenas uma nota de rodapé; no Globo, uma nota discreta, com um parágrafo sobre a natureza da obstrução judicial (derrubar Dilma para estancar a sangria); no Estado de S. Paulo, o impeachment fraudulento foi chamado de "supostas manobras" legislativas

 

10 DE FEVEREIRO DE 2017 ÀS 09:33 //

247 – Na noite de ontem, o Brasil ganhou uma oportunidade histórica de encerrar o filme de terror inaugurado com a "saída Michel". O ministro Luiz Fachin, do Supremo Tribunal Federal, abriu inquérito para investigar os peemedebistas Romero Jucá, José Sarney, Renan Calheiros e Sergio Machado por obstrução à Lava Jato, em razão dos diálogos em que eles defendiam a necessidade de derrubar a presidente Dilma Rousseff, promovendo o golpe contra a democracia, para "estancar a sangria e parar essa porra" da Lava Jato (leia mais aqui).

No entanto, os veículos de comunicação que promoveram o golpe parlamentar de 2016, responsável pela maior tragédia política, econômica e social da história do Brasil, com 5 milhões de demissões em dois anos, queda de 10% do PIB e caos no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, decidiram esconder de seus leitores o inquérito aberto no STF.

Na Folha, a notícia mereceu apenas uma nota de rodapé, sem explicar que a investigação é justamente contra o plano do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de derrubar Dilma para "estancar a sangria" – uma história que foi revelada pela própria Folha. 

No Globo, uma nota discreta, com um parágrafo sobre a natureza da obstrução judicial (derrubar Dilma para estancar a sangria), revelada no diálogo entre Sergio Machado e José Sarney.

No Estado de S. Paulo, o impeachment fraudulento foi chamado de "supostas manobras" legislativas.

Se os três principais jornais do País decidiram esconder a notícia, isso significa que farão de tudo para impedir que o golpe que promoveram seja revertido pelo STF. No entanto, a anulação do impeachment, com a convocação de novas eleições, é a única saída honrosa que resta à suprema corte.