Paralisação é por tempo indeterminado, conforme definição em assembleia

Professores aprovam greve nas escolas estaduais a partir do dia 15 | Foto: Jessica Hübler / Especial / CP
Os professores aprovaram a realização de greve nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira no Gigantinho, em Porto Alegre. A paralisação tem início a partir dia 15 de março por tempo indeterminado.
A assembleia organizada pelo Cpers/Sindicato faz parte de uma mobilização nacional dos professores, que, entre outras pautas, combate à proposta de alteração da previdência apresentada pelo governo federal, assim como a reforma trabalhista. Ambos projetos estão em discussão no Congresso Nacional.
Além disso, o permanente parcelamento dos salários é um dos principais pontos de divergência dos educadores. Conforme a presidente do sindicato, Helenir Schurer, a categoria vai exigir aumento salarial na mesa de negociação por não acreditar no discurso de crise do governo estadual. “Se realmente houvesse crise, o governo iria querer abrir mão de recursos da Lei Kandir para renegociar a dívida?”.
O Cpers destaca que a mobilização no Rio Grande do Sul ocorre também pelo temor de que haja falta de professores em áreas específicas da rede estadual.
Após a aprovação da greve, os professores iniciaram caminhada até o Centro de Porto Alegre. Eles devem encerraram a caminhada com um ato na Esquina Democrática.
Em nota, a Secretária Estadual de Educação afirmou que a grave é “inoportuna” por conta do início do ano letivo.
Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 15 de março, a Secretaria da Educação torna público o seguinte posicionamento:
1 – A medida é inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 se iniciou nesta segunda-feira (6) e a greve afetará diretamente a comunidade escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes.
2 – O país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes, o que impacta diretamente o Rio Grande do Sul, que atravessa a maior crise econômica de sua história. No entanto, o Governo do Estado pagou o completivo do piso do magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração inferior ao piso nacional.
3 – Nos últimos meses de 2016, o Governo do Estado fez outro esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo.
4 – A Secretaria da Educação confia que os nossos professores estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade escolar.