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Senado coloca na pauta projeto que libera jogos de azar

Políticos defendem o tema, com a condição da vinculação desses recursos de impostos para a segurança pública e saúde.

 

Tributação poderá gerar recursos para a saúde e para um fundo voltado à segurança pública, (Pixabay)

Por Maria Carolina Marcello

O Senado deve discutir nos próximos dias projeto  que autoriza a exploração de jogos de azar, cuja tributação poderá gerar  recursos para a saúde e para um fundo voltado à segurança pública,  demanda de governadores que, em peregrinação em Brasília, defenderam a  aprovação no Congresso de uma pauta federativa que os ajude a fechar as  contas em seus Estados.   

Após reunião com  governadores e representantes dos Estados em Brasília, o presidente do  Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu a necessidade do tema ser  abordado, tendo como condição a vinculação desses recursos para a  segurança pública e saúde.  

“Devemos discutir  uma outra realidade…. a questão dos jogos, que estão inclusive sendo  feitos pelos aplicativos, para que daí a gente tenha uma remuneração  vinculada para que se crie esse fundo (de segurança pública) verdadeiro e  não apenas no papel”, disse o senador mais cedo. 

Na mesma linha,  o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), demonstrou simpatia pelo  tema, já defendido por ele em outras ocasiões. Para o deputado, a  “ideia é boa”, mas pode não ser totalmente efetiva para as contas  públicas se não for feita uma “reforma do estado brasileiro”, emendando  na defesa da aprovação de novas regras para a Previdência.  

“Acho  que a ideia é boa, de você liberar os cassinos no Brasil, porque acho  que a receita, mais do que a receita, o emprego vai ser muito grande,  principalmente naquelas estruturas onde há complexos de turismo”, disse  Maia. 

“É louvável que todos estejamos  preocupados com como financiaremos a segurança pública no Brasil, mas eu  acho que … se nós não resolvermos a questão previdenciária, não  teremos recursos, mesmo com a liberação dos jogos”, afirmou. 

O  projeto a ser discutido pelo Senado permite a exploração dos chamados  jogos de azar. A receita obtida por meio da tributação da atividade  seria repartida entre Estados e municípios.  

PRECATÓRIOS 

Mais  cedo, em uma maratona de reuniões, governadores e representantes dos  Estados obtiveram o compromisso dos presidentes das duas Casas de  votação de pautas tidas como essenciais para os entes federativos. 

Dentre  essas pautas, segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), está  a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga o prazo de  pagamento de precatórios para 2024. A proposta aguarda votação na Câmara  dos Deputados. 

“Recebemos o compromisso de votar ainda nesta semana”, disse Dias a jornalistas após reunião com Maia e outros governadores. 

A  proposta, afirma Dias, também amplia a utilização de depósitos  judiciais privados de 20 para 30 por cento para o pagamento de  precatórios. 

Outro ponto elencado pelos que  participaram da reunião com o presidente da Câmara, e mais cedo com o  presidente do Senado, é a securitização da dívida ativa. De acordo com o  governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), há duas  propostas sobre o tema com condições de avançarem, uma na Câmara, e  outra no Senado. 

Rollemberg defendeu a proposta, argumentando que  ela possibilitará aos Estados fazer uma “negociação de sua dívida” e  garantirá fluxo de caixa. O projeto que andar mais rapidamente –seja o  do Senado ou o da Câmara– terá prioridade, afirmaram os governadores.

Reuters/dom total///