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Lula evita falar em julgamento, mas dispara: “Duvido magistrado mais honesto do que eu”

Presidente salientou conquistas das administrações do PT que estão sendo "desmontadas por elite perversa"

Presidente salientou conquistas das administrações do PT que estão sendo "desmontadas por elite perversa" | Foto: Jessica Hübler / Especial CP

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso enérgico para milhares de pessoas, no fim da tarde desta terça-feira em Porto Alegre, em ato em sua defesa no processo por corrupção cujo recurso será julgado no TRF4. Na Esquina Democrática, ele afirmou que não comentaria seu julgamento, mas disparou: "Eu duvido que nesse país tenha um magistrado mais honesto do que eu. Por isso, a minha tranquilidade. A tranquilidade dos inocentes".

 

"Não vou falar do meu processo, primeiro por ter advogados competentes que já provaram minha inocência", reforçou Lula. "Segundo, por acreditar que aqueles que vão votar no TRF4 deverão se ater aos altos do processo e não a convicções políticas de cada um. Terceiro, por ter vocês, com quem convivo a mais de 40 anos", comentou o ex-presidente.

 

Em seguida, Lula exaltou conquistas do seu governo e também da administração de Dilma Rousseff. "Provamos que era possível construir um país diferente. Que era possível criar empregos formais. Que todo mundo poderia tomar café, almoçar e jantar todo dia. Sonhamos e provamos que nenhuma criança iria deitar de noite sem tomar um copo de leite", listou.

 

A seguir, o foco do político foi a educação "Sonhamos que gente pobre poderia ter o direito de competir por uma vaga em universidades brasileiras", citou. "Não posso me conformar com o complexo de vira-lata que tomou conta do nosso país. Com uma elite perversa que se tornou subalterna, que quer falar grosso com a Bolívia e se dobra aos Estados Unidos", definiu.

"A elite brasileira trata o dinheiro da educação como gasto", frisou o ex-presidente. "Em 2018, se for eleito, anuncio o compromisso com a educação. Teremos uma Medida Provisória em que será proibido falar em gasto quando se fala em dinheiro para a educação do país", discursou.

 

Por fim, Lula destacou que o país está acordando de "uma cirurgia da elite perversa" contra a população. "Eles criaram uma doença que se chamava Lula, Dilma e PT. Ela causava como sintoma a ascenção dos mais pobres. As pessoas que não podiam entrar na universidade passaram a poder. Quem comia sopa de papelão passou a comer frango, coxa e sobrecoxa. As pessoas não queriam mais andar de ônibus e passaram a viajar de avião", narrou.

 

"Aí eles vieram e fizeram a cirurgia. Tiraram a Dilma, tiraram o PT e a gente continuou anestesiados", destacou. "Agora, estamos acordando. Nos dando conta que a tal doença que tentavam tirar esta sendo substituída por uma doença que é subordinar os interesses dessa pátria de 200 milhões de habitantes, de um país que era protagonista internacional, respeitado por todos."

 

Lula finalizou o discurso prometendo luta, mesmo que seja condenado nesta quarta-feira. "Qualquer que seja o resultado desse julgamento, continuarei lutando para que as pessoas tenham respeito e dignidade nesse país. Só vou parar quando morrer", projetou.

 

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