O tempo segue aberto na maior parte da região Sul. Produtores já estão bastante preocupados com a falta de chuvas na região, especialmente no Rio Grande do Sul. Como a colheita é realizada mais tarde por lá, as lavouras ainda estão em beneficiamento. Segundo o modelo Cosmo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as precipitações devem voltar ao estado neste final de semana.
As chuvas previstas para o Rio Grande do Sul chegam com uma frente fria e devem dar melhores condições de desenvolvimento para as lavouras que ainda estão em fase de granação e diminuem as preocupações dos produtores. Mas ainda pairam dúvidas sobre o potencial das lavouras diante de tantos dias sem precipitações.
O Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná já estima uma queda de produtividade de 3% no estado nesta safra por conta das condições climáticas adversas que afetam o manejo da cultura. O aumento dos casos de ferrugem é outra preocupação.
Os produtores devem ficar atentos às previsões específicas pois as chuvas previstas podem ser em forma de pancadas em algumas regiões.
"O grande problema desta safra será para as regiões da Campanha e Fronteira Sul no Rio Grande do Sul, que continuarão tendo poucos períodos de chuva e, quando ocorrerem, os volumes serão baixos. Mesmo assim, não se pode dizer que as quebras serão gigantescas, apenas não terão o mesmo teto produtivo das últimas safras", disse a Climatempo em informativo.
Ainda de acordo com a empresa, nas demais regiões do Rio Grande do Sul, onde se concentra a maior produção agrícola do estado e em Santa Catarina e Paraná, bem como na metade sul do Mato Grosso do Sul, a previsão é de bons volumes de chuva já partir de meados dessa semana, mantendo assim esse padrão meteorológico até o final do mês.
Enquanto isso, no Paraná, o alerta do Inmet é para que os produtores acelerem os trabalhos de colheita, que estão praticamente zerados, segundo o Deral. Em entrevista ao Notícias Agrícolas ontem (5), Mamedes Luiz Melo, meteorologista Inmet, destacou que previsões mais estendidas mostram o retorno de precipitações um pouco mais fortes na segunda quinzena de fevereiro.
