Cotação do dia

USD/BRL
EUR/USD
USD/JPY
GBP/USD
GBP/BRL
Trigo
R$ 115,00
Soja
R$ 180,00
Milho
R$ 82,00

Tempo

Cármen Lúcia: “cidadão está cansado de todos nós, inclusive do Judiciário”

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira, 9, que o cidadão brasileiro está cansado do Judiciário, durante a inauguração do novo presídio de Formosa (GO); "O cidadão brasileiro está cansado da ineficiência de todos nós, e cansado inclusive de nós do sistema Judiciário. Por mais que tentemos, e estamos tentando com certeza, temos um débito enorme", afirmou; declaração é dada em meio ao aumento da pressão para que o STF rediscuta a prisão após condenação em segunda instância

 

9 DE FEVEREIRO DE 2018 ÀS 13:42 //

 

Goiás 247 – A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira, 9, que o cidadão brasileiro está cansado do Judiciário, durante a inauguração do novo presídio de Formosa (GO).

"O cidadão brasileiro está cansado da ineficiência de todos nós, e cansado inclusive de nós do sistema Judiciário. Por mais que tentemos, e estamos tentando com certeza, temos um débito enorme", afirmou a ministra. 

Declaração da presidente do STF é dada em meio à percepção de grande parte dos brasileiros de que o ex-presidente Lula é vítima de uma perseguição judicial. 

A ministra reiterou que a população espera poder voltar a confiar nas instituições, e citou trecho de música do cantor e compositor Gilberto Gil ao finalizar sua fala:"a fé não costuma falhar".

Cármen Lúcia tem adotado posições desfavoráveis à presunção de inocência, que atingem Lula diretamente. Em jantar com representantes da Shell, a ministra afirmou que rever a prisão após condenação em segunda instância seria "apequenar" o STF. 

Nesta sexta-feira, 9, o também ministro do STF Ricardo Lewandowski escreveu artigo em que contesta a posição de Cármen Lúcia. "A presunção de inocência representa talvez a mais importante das salvaguardas do cidadão, considerado o congestionadíssimo e disfuncional sistema judiciário brasileiro, no bojo do qual tramitam atualmente cerca de 100 milhões de processos a cargo de pouco mais de 16 mil juízes", escreveu o ministro.