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“A crise do País hoje está localizada no 3º andar do Palácio do Planalto”, diz Randolfe

Em entrevista à Rádio Guaíba, autor do pedido de impeachment de Temer disse que o presidente mentiu em depoimento à PF, o que é crime

 

Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, na manhã desta quinta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), falou sobre os motivos de ter protocolado um pedido de impeachment contra o presidente da República, Michel Temer. Para o parlamentar, é de conhecimento público os fatos envolvendo o presidente com as operações realizadas pela Polícia Federal e com a delação da JBS e isso cria um ambiente de instabilidade para o Brasil.

“Está mais do que comprovado de que o presidente recebeu recursos de propina para abastecer o caixa 1 e o caixa 2 de suas campanhas e ficou provado, também, nos mais recentes depoimentos, que parte desse recurso, inclusive a parte exata de R$ 1,5 milhão, foi destinada à reforma da casa da filha do presidente da República [Maristela Temer]. Isso, inclusive, com depoimentos concretos que dão conta de que parcelas dessa reforma foram pagas com dinheiro vivo. A crise do País, hoje, está localizada no 3º andar do Palácio do Planalto”, argumentou Randolfe.

O senador lembrou, ainda, que Michel Temer já prestou depoimento à Polícia Federal, mas que mentiu ao dizer que nunca recebeu repasses financeiros e benefícios. “[Mentir] É crime contra a probidade administrativa, ferindo o artigo 85 da Constituição Federal”, disse.

Questionado sobre o ambiente político para dar continuidade a um processo de impeachment, já que Temer tem mais de 1/3 dos deputados federais ao seu lado, Randolfe disse que, atualmente, o presidente da República tem esse apoio, mas no futuro será diferente, já que a votação, caso o processo seja aceite, aconteceria em agosto. “Eu acho muito difícil os deputados federais, em campanha, querer salvar a cabeça do presidente mais impopular da história do País”, falou. “Hoje, Michel Temer é um fator de instabilidade política e econômica para o País, que está vivendo a maior recessão da história com o aprofundamento da pobreza”, complementou o senador.

Trâmites do processo

Agora, cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), definir se dá ou não prosseguimento ao pedido de impeachment. “O presidente [da Câmara] Rodrigo Maia está diante de um impasse político, que Napoleão dizia que é quando se faz os grandes homens da história. Nos momentos mais crucias da história o que o homem precisa é de coragem. E eu estou acreditando no senso de responsabilidade, no senso de oportunidade e na coragem do senhor presidente da Câmara”, concluiu o autor do pedido.

Se o pedido for aceito por Rodrigo Maia, tem início o andamento da denúncia, que é primeira analisada em uma comissão especial na Câmara dos Deputados. Depois ainda tem que passar pelos plenários das duas Casas do Congresso Nacional

 

Fonte:Carlos Machado/Rádio Guaíba///