Anúncio do acordo deve ser feito nesta feita sexta-feira (04) e, juntamente com clima nos EUA, pode beneficiar demanda americana impulsionando preços da soja em Chicago
O mercado da soja encerrou do lado positivo na Bolsa de Chicago (CBOT) na sessão desta quinta-feira (03). Segundo Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, as notícias de que Estados Unidos e China poderiam assinar um acordo relacionado ao comércio de soja, com termos mais amenos para ambas as partes, trouxe uma calma no sentido de que os asiáticos poderiam evitar a tarifação sobre a oleaginosa.
Este movimento, assim, poderá levar os compradores chineses de volta para o mercado norte-americano – embora este esteja com preços muito mais atrativos do que outras origens, essas vendas não vinham sendo realizadas. Contudo, não é problema para o Brasil: o país foi o grande vencedor de toda essa questão e, no momento, não só o mercado externo, mas também a indústria interna paga mais para a soja. Dividindo a demanda, o Brasil ainda teria o fator qualidade a seu fator.
Com o câmbio em alta, os prêmios brasileiros recuaram mais de R$0,20 nesta semana em relação à semana passada. Contudo, os preços por saca melhoraram, trazendo o interior para a venda.
Vanin lembra ainda que mesmo que a China fale em aumentar sua produção de soja, esta não deve influenciar no mercado global, já que a soja local dos asiáticos seria destinada para a alimentação humana e para a indústria farmacêutica. Também não há riscos – em um momento no qual as temperaturas estão se normalizando – de áreas de milho dos Estados Unidos migrarem para a soja devido a um possível atraso.