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Sonegação de multinacionais alcança US$ 500 bi

A sonegação fiscal das multinacionais deixa perdas de US$ 500 bilhões (R$ 1,82 trilhão) por ano no planeta, calcula a Tax Justice Network, um grupo de ativistas que denuncia os abusos do sistema internacional. “A enorme complexidade das operações globais das multinacionais, junto com a vontade das big four [KPMG, PwC, Ernst & Young e Deloitte] para criar estruturas que separam a tributação dos lucros dos lugares em que realmente se desenvolve a atividade da empresa, levou a uma situação em que até mesmo o Fundo Monetário Internacional reconhece que as leis já não servem”, afirmou Alex Cobham, diretor da Tax Justice, ao jornal espanhol El País.

A estratégia das multinacionais só dá certo porque existe um grande número de paraísos fiscais (por volta de 50 países) prontos para oferecer facilidades, sob a vista grossa de boa parte dos governos. Muitos começam a mudar de postura, motivados mais pela falta de recursos do que pela condenação ao que é feito.

Na Europa, estima-se que as perdas em impostos somente Google e Facebook, entre 2013 e 2015, somou 5,4 bilhões de euros (cerca de R$ 22 bilhões). Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram em fevereiro do ano passado regras contra a evasão fiscal que serão implementadas em 2020. Mas quatro integrantes do bloco (Holanda, Bélgica, Irlanda e Luxemburgo) oferecem tributação ínfima.

Estudo do jornal britânico Financial Times revela que as grandes multinacionais pagam muito menos impostos agora do que antes da crise de 2008. A taxa efetiva (a proporção de lucros que esperam pagar) caiu 9% desde a crise financeira. Uma queda que chega a 13% nas grandes empresas tecnológicas.

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