De acordo com Bolsonaro, a pesquisa realizada pelo DataPoder360, no final de maio, sobre a corrida presidencial, mostrava sua vitória no segundo turno contra os demais “por larga diferença”. (Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência, em vídeo divulgado em sua conta no Twitter, na manhã deste domingo (10), questionou e criticou os números trazidos pela pesquisa Datafolha, sobre as intenções de voto na eleição de outubro. De acordo com Bolsonaro, a pesquisa realizada pelo DataPoder360, no final de maio, sobre a corrida presidencial, mostrava sua vitória no segundo turno contra os demais “por larga diferença”.
“Vem hoje o Datafolha, que todos nós conhecemos, e diz o contrário: estou bem para baixo e no segundo turno perderia de todo mundo. Datafolha, continuas pagando vexame e com toda a certeza recebendo algo de muito bom dos seus patrocinadores. Vamos levar essa!”, afirmou.
Segundo o Datafolha, em um cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado continua à frente dos concorrentes, com 19%, seguido de Marina Silva (Rede), que oscila entre 14% e 15%, Ciro Gomes (PDT), que oscila entre 10 e 11%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 7% e Alvaro Dias (Podemos) com 4%. Com Lula, Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 17%, atrás do ex-presidente, que tem 30% e lidera a corrida em todos os cenários.
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro aparece com 34%, empatado, considerando a margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que tem 36%. Bolsonaro só venceria a disputa contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, por 36% a 27%. Perderia de Marina, por 42% a 32%, e empataria com Geraldo Alckmin, ambos com 33%.
A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 6 (quarta-feira) e 7 (quinta-feira) deste mês e teve como base 2.824 entrevistas em 174 municípios em todos os Estados do País, mais Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob número BR-05110/2018.
Senador
O senador Magno Malta (PR-ES) avisou a Bolsonaro que não será candidato a vice na sua chapa. O aviso inviabiliza de vez a estratégia de Bolsonaro de fechar uma aliança com o PR para aumentar seu tempo na propaganda de TV.
“Sou candidato a senador”, afirmou Malta ao jornal O Estado de S.Paulo. O parlamentar capixaba era visto como o vice ideal pelo grupo político de Bolsonaro por ter o perfil ligado à direita e a grupos conservadores que são a sustentação do deputado do PSL.
Um dos motivos que levaram Malta a não aceitar compor a chapa com o parlamentar fluminense foi o fato de sua mulher não querer disputar o Senado em seu lugar nas eleições deste ano. A cantora gospel Lauriete Rodrigues Malta (PR-ES) lançou sua pré-candidatura para deputado federal, cargo que já ocupou entre 2011 e 2014.
Se entrasse na chapa, o PR poderia agregar cerca de 45 segundos ao tempo de Bolsonaro. Sozinho pelo PSL, ele teria menos de 10 segundos. Com a desistência de Malta, a aproximação entre Bolsonaro e o PR, que já estava ameaçada após o empresário mineiro Josué Gomes, dono da Coteminas, se filiar à legenda, ficou inviabilizada.
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